Falta de recursos do SEF causa longas filas no aeroporto de Faro

Fotografias partilhadas nas redes sociais mostram fila de dezenas de pessoas no aeroporto de Faro. SEF afirma que zona onde está a ser efectuado o controlo não tem condições “adequadas”. ANA - Aeroportos de Portugal admite que estavam a funcionar menos postos de controlo, mas diz que responsabilidade é do SEF.

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Fotografia publicada no Twitter pelo deputado do PSD Cristóvão Norte

A saída de Portugal da “lista negra” do Reino Unido teve efeitos imediatos nas reservas turísticas no Algarve, mas o aeroporto de Faro, que serve a região, pode não estar preparado para receber tantos passageiros ao mesmo tempo. Uma fotografia tirada no aeroporto de Faro esta quinta-feira e divulgada pelo deputado do PSD Cristóvão Norte no Twitter mostra centenas de pessoas concentradas na área de controlo de chegadas.

Ao Expresso, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) afirma que a zona onde está a ser efectuado esse controlo não tem condições “adequadas” para a tarefa e responsabiliza a ANA - Aeroportos de Portugal por “não ter aberto a ‘zona de Verão’ que contempla dez posições de controlo.

“Actualmente, o controlo documental de passageiros no Aeroporto de Faro está a funcionar, por determinação da ANA Aeroportos, na chamada ‘zona de Inverno’, que não se encontra adequada a receber o exponencial crescimento do número de passageiros (+190%), após a abertura do corredor aéreo com o Reino Unido”, disse a entidade ao jornal.

Já o gestor aeroportuário afirma que a falta de recursos, “que causa impacto negativo nos passageiros que chegam ao aeroporto de Faro”, é responsabilidade do SEF. Segundo a mesma entidade, apenas dois dos cinco postos de controlo estavam a funcionar e alguns equipamentos de controlo electrónico, da responsabilidade do SEF, “não estão em funcionamento”, factores que terão causado as filas de passageiros.

Portugal passou a integrar a lista de corredores aéreos considerados seguros pelo Reino Unido a 20 de Agosto. A decisão do Governo britânico – uma “grande notícia”, classificou o Presidente da República – surgiu depois de Portugal lhe ter enviado um relatório sobre a situação epidemiológica no país, segundo os critérios utilizados pelo Reino Unido para decidir que países ficam sujeitos a medidas de restrição.

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