Marca de champô sólido ecológico feito em Viana do Castelo entra no mercado dos Estados Unidos

A marca Shaeco está a reforçar a aposta na internacionalização: 20% das vendas já são para fora de Portugal.

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A marca tem recebido pedidos de outros mercados, como dos Emirados Árabes Unidos REUTERS/Yoyo Chow

Uma marca de champô sólido ecológico, produzido em Viana do Castelo e há cinco meses no mercado nacional, está a reforçar a aposta na internacionalização com a entrada no mercado norte-americano, disse esta quarta-feira à Lusa uma das criadoras.

“Já temos uma equipa a trabalhar nos Estados Unidos. São parceiros locais que ficaram interessados na marca e que nos contactaram. Já enviámos produto para o mercado norte-americano. Toda a distribuição e venda local ficam a cargo desses parceiros”, explicou Vera Maia, uma das criadoras da marca Shaeco.

Segundo Vera Maia, actualmente “80% das vendas são para o mercado português e 20% para fora de Portugal”. “Já estamos no mercado francês, através de marketplaces digitais especializados, e temos as nossas lojas online que vendem para Espanha, Reino Unido, Suécia, Alemanha”, explicou.

Além do interesse norte-americano, que é “um dos principais destinos das exportações portuguesas de produtos de perfumaria, cosmética e higiene pessoal, a Shaeco tem recebido pedidos de outros mercados, como dos Emirados Árabes Unidos”.

“Estamos a desenvolver o projecto com parceiros locais porque para esses mercados os custos de transportes a partir de Portugal é demasiado elevado e não se justifica, por uma questão de sustentabilidade. Toda a estratégia de vendas é digital e é gerida a partir de Viana do Castelo”, explicou.

A gestora de 34 anos estima “até 2022 atingir um volume de negócios na ordem dos 800 mil euros, e chegar aos 2,7 milhões dentro de seis anos”. Formada em marketing digital e há vários anos a trabalhar para a plataforma e-commerce, Vera Maia, natural de Vila Nova de Famalicão, no distrito de Braga, reside em Viana do Castelo há cinco anos, depois de passagens por Lisboa e Dubai.

“Foi um regresso às raízes do meu marido, que é de Viana do Castelo, e foi aqui que o projecto do champô sólido com componentes naturais começou a ser desenvolvido, há mais de 18 meses. O conceito surgiu da preocupação que tenho, há vários anos, com a sustentabilidade ambiental do planeta”, explicou.

O champô sólido “é livre de plásticos e sucedâneos”, é feito com “ingredientes naturais, como óleo de argão e extracto de coco” e embalado com “materiais reciclados e recicláveis e com tintas de base vegetal, sendo que a caixa de transporte é produzida com resíduos de cortiça.

A linha de champô sólido eco-friendly, vegan e cruelty free está a ser desenvolvida pelos cinco trabalhadores de uma outra empresa de Vera Maia, mas a partir de 2021 a marca poderá vir a criar mais quatro postos de trabalho. Por mês são produzidos, numa empresa instalada na zona industrial do Neiva, “cerca de cinco mil unidades de champô sólido, mas a capacidade de produção pode escalar para responder às necessidades do mercado”.

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