Sem mordomia nem procissão, este Agosto não é o mesmo em Viana

A Romaria d’Agonia é o momento do ano em que Viana do Castelo pulsa mais intensamente, mas a covid-19 afastou a festa das ruas em 2020. Quem se habituou a viver o desfile da mordomia, o cortejo etnográfico ou a procissão ao mar estranha este tempo, mas também preserva com cuidado as memórias do que já se passou.

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“A cidade tem estado movimentada, mas não em prol da Senhora d’Agonia. Não se vêem arcos, nem carrosséis. Só sabemos que há romaria quando vemos o cartaz à entrada da cidade, com o coração de Viana”, diz Susana Rodrigues. Enquanto os transeuntes atravessam a Praça da República, em pleno centro histórico, Susana, de 40 anos, ostenta um traje quase todo vermelho, com bordados de folhas e flores. Ao lado, a filha, Anabela Lima, de 20, também se veste com o traje à vianesa que exibem ano após ano no desfile da mordomia, mas não em 2020. “É triste não podermos exibir o traje e sentir a emoção das pessoas que nos vêem”, confessa Susana, presença ininterrupta no desfile nos últimos 17 ou 18 anos – já não consegue precisar a data.

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