Estado demorou 11 anos a fazer cumprir norma legal sobre amianto em aterros

Deposição de amianto em células de aterros que contenham resíduos biodegradáveis é proibida desde 2009, mas só em Abril a Agência Portuguesa do Ambiente proibiu que tal fosse licenciado.

Foto
Como resíduo perigoso, o Amianto tem regras de manuseamento, transporte e aterro próprias Nelson Garrido

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) mudou, este ano, o seu entendimento sobre a forma como devem ser tratados os resíduos de construção contendo amianto, assumindo, mas apenas tacitamente, que caucionou, desde 2009, a violação de uma norma prevista na legislação sobre aterros. Depois de uma década a permitir que estes desperdícios fossem depositados em aterros de resíduos não perigosos, partilhando o mesmo espaço onde entram, ou podem entrar, materiais biodegradáveis, a autoridade nacional de resíduos obrigou este ano os operadores a cumprir a lei, e a separar estes materiais uns dos outros. A associação ambientalista Zero, que levantou o problema já em Setembro do ano passado, pede a demissão da direcção da APA.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção