Tudo acabou bem: diplomatas afastados, saneados e reintegrados

Foi “duro e triste”. No início da democracia portuguesa, houve diplomatas saneados por razões políticas e por razões burocráticas. Mário Soares não queria sanear, mas a máquina avançou. No fim, a maioria regressou à “casa”.

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Daniel Rocha

João Pereira Bastos sabe que vai “levar duro”. É embaixador em Copenhaga quando Mário Soares, ministro dos Negócios Estrangeiros há dois dias, o chama a Lisboa. “Teve a gentileza de me convidar para uma conversa mais íntima, fez-me grandes elogios e disse que eu iria para Montevideu”, conta ao PÚBLICO o embaixador, hoje com 94 anos. “Ele disse: ‘Vamos garantir que você vai ter uma carreira brilhante.’ Preparei os móveis e a família, e fui para Montevideu. Sou um soldado obediente.”

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