Comissária europeia da Saúde culpa “desleixo” das populações pelo aumento de casos de covid-19

Stella Kyriakides deu o exemplo do seu país de origem, o Chipre, onde um aumento de novos contágios pelo novo coronavírus está a suscitar grande preocupação junto das autoridades cipriotas.

Foto
Stella Kyriakides considera que o aumento de novas infecções pode ser evitado se as pessoas permanecerem vigilantes Yves Herman

A comissária europeia da Saúde manifestou esta quarta-feira preocupação face ao aumento de casos de covid-19 em vários países na Europa, responsabilizando as populações que demonstraram alguma “complacência e desleixo”, nomeadamente no cumprimento rigoroso das regras de higiene.

Num comunicado divulgado esta quarta-feira, a comissária Stella Kyriakides deu o exemplo do seu país de origem, o Chipre, onde um aumento de novos contágios pelo novo coronavírus está a suscitar grande preocupação junto das autoridades, que ainda não conseguiram rastrear a origem destes casos.

Para Stella Kyriakides, que se encontra na capital do Chipre, o aumento de novas infecções pode ser evitado se as pessoas permanecerem vigilantes. A comissária considera que este ressurgimento de novos focos de infecção em vários Estados europeus é um sinal de que uma parte da população não está a seguir os protocolos de saúde e de segurança.

Em Nicósia, a comissária europeia informou o ministro cipriota com a tutela da Saúde, Constantinos Ioannou, sobre os esforços da União Europeia (UE) para assegurar tratamentos com Remdesivir no espaço europeu, após este medicamento antiviral ter sido autorizado para combater a doença covid-19.

A Comissão Europeia anunciou esta quarta-feira que assinou um contrato de 63 milhões de euros com a farmacêutica Gilead para “garantir doses de tratamento de Veklury, a marca comercial da Remdesivir”, depois de este ser sido o “primeiro medicamento autorizado a nível da UE para o tratamento da covid-19”.

Assim, “a partir do início de Agosto, e a fim de satisfazer necessidades imediatas, serão disponibilizados aos Estados-membros e ao Reino Unido lotes de Veklury, com a coordenação e o apoio da Comissão”, acrescentou o executivo comunitário.

Orçada em 63 milhões de euros financiados pelo Instrumento de Apoio de Emergência da Comissão Europeia, a medida visa garantir o tratamento de cerca de 30 mil pacientes que apresentam sintomas graves de covid-19, segundo as estimativas da instituição.

No início de Julho, o Remdesivir foi autorizado pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla inglesa) como o primeiro tratamento da covid-19, visando então curar adultos e adolescentes a partir dos 12 anos de idade com pneumonia que necessitam de oxigénio suplementar.

Sugerir correcção