Os estudantes que este ano se candidatam a um lugar no ensino superior público têm 21 novos cursos à sua disposição. Um terço destes estão em áreas para nas quais os Governo tem vindo a pedir às universidades e politécnicos que invistam, como Ciência de Dados, Informática e competências digitais e ainda Física. Nota-se também um reforço da aposta das instituições nas engenharias.

O despacho orientador para a fixação das vagas no ensino superior, emitido pelo Governo no mês passado, fazia uma recomendação geral para que as universidades e politécnicos aumentassem as vagas nos cursos de ciências de dados e de competências digitais. A partir de agora, os estudantes podem também candidatar-se a Engenharia e Ciência de Dados, na Universidade de Coimbra, e Matemática Aplicada e Ciência de Dados, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. O ISCTE já tinha dois cursos de Ciência de Dados (um em horário normal e outro em regime pós-laboral).

Entre as novidades introduzidas na oferta do ensino superior este ano estão ainda os cursos de Informática, na Universidade dos Açores, Engenharia de Computadores, na Universidade da Madeira, Engenharia de Telecomunicações e Informática, no Politécnico do Porto, e Mecânica e Informática Industrial, no Politécnico da Guarda. Destaque ainda para o curso de Física e Aplicações, na Universidade da Beira Interior, outra área para na qual, nos últimos anos, o ministro Manuel Heitor vem pedindo uma aposta do sector nos últimos anos. 

Ao todo, são sete os cursos criados este ano pelas universidades e politécnicos que respondem às prioridades definidas pela tutela desde 2017. Ou seja, um terço de todos os novos cursos.

Entre as novidades na oferta do ensino superior público para o próximo concurso nacional de acesso destaca-se ainda um reforço da aposta das instituições na área das engenharias, com novos cursos de Electrónica e Mecânica Industrial, na Universidade de Aveiro, Engenharia e Gestão Industrial, na Universidade de Évora, e Engenharia Zootécnica, no Politécnico de Viseu.