Freixo de Espada à Cinta: vinho e azeite sobre seda (e o Douro)

É conhecida como “vila manuelina” e está em território agreste e remoto, a planar nas arribas do Douro. Freixo de Espada à Cinta está a caminho de nenhures, mas com vontade de ser um destino: a geografia deu-lhe história convulsa, beleza natural e vida dura - um terroir único.

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Paulo Pimenta
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Terra
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Maria Júlia Martins já quase perdeu a conta às vezes que foi chamada pela autarquia para ensinar a arte da sericultura e da tecelagem de seda. Aos 69 anos, já reformada e depois de uma operação devido a uma ruptura nos tendões, “por causa do tear”, está uma vez mais a supervisionar o trabalho no Museu da Seda e do Território (2015). “Nem todos fizeram curso, mas muita gente aqui na vila sabe a arte”, conta. Na sua família até havia tradição, mas ela não a seguiu. “Ia para a geira. Dos 14 aos 37 anos trabalhei no campo.” E, então, aos 37 anos entrou “para esta casa” e ficou sempre com um pé dentro. Tem muito orgulho no que faz. “É muito bonita a nossa seda”, exclama, “no nosso país este é o único sítio onde se faz como se fazia no século XVII. Nada de máquinas.”

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