Resposta alimentar da Câmara de Lisboa reestruturada

A distribuição de “milhares de refeições”, diariamente oferecidas devido à pandemia de covid-19, vai continuar, “mas agora por outras vias, entretanto criadas e articuladas com instituições da cidade”, explica a Câmara Municipal de Lisboa (CML).

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Paulo Pimenta

A distribuição alimentar feita pelas Forças Armadas às pessoas mais desfavorecidas em Lisboa, devido à pandemia de covid-19, vai ser reestruturada a partir de quinta-feira, anunciou nesta quarta-feira a autarquia.

“Depois de meses de um trabalho exemplar em que as Forças Armadas distribuíram refeições prontas no Cais do Sodré, Santa Apolónia e Arroios, as pessoas abrangidas por esta resposta serão agora encaminhadas para uma resposta melhorada num esforço para responder a cada caso e garantir a privacidade de todos os que procuram este apoio social”, avança o gabinete do vereador dos Direitos Sociais, Manuel Grilo (BE), em comunicado.

A distribuição de “milhares de refeições”, diariamente oferecidas devido à pandemia de covid-19, vai continuar, “mas agora por outras vias, entretanto criadas e articuladas com instituições da cidade”, explica a Câmara Municipal de Lisboa (CML).

“A título de exemplo, as pessoas em situação de sem-abrigo, que a esta distribuição têm acorrido, terão a resposta redireccionada para equipamentos como os Núcleos de Apoio Local (NAL), que têm outros serviços de integração social além da alimentação”, refere a nota.

Já a distribuição de refeições destinada a pessoas carenciadas, mas sem problemas habitacionais, como desempregados ou idosos, será feita “por instituições, com trabalho local, nomeadamente as juntas de freguesia e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa”.

A autarquia realça também que estas instituições já têm desempenhado ao longo dos últimos meses “um papel muito importante na resposta social à crise” e que um “eventual reforço da produção de refeições será articulado entre a CML e estas instituições de modo a responder a ajustes na procura”.

O vereador do BE - partido que tem um acordo de governação do concelho com o PS - deixa ainda um agradecimento às Forças Armadas, notando que milhares de refeições foram distribuídas “através de escolas e outras respostas municipais”.

Em Portugal, morreram 1676 pessoas das 47.426 confirmadas como infectadas, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde.

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