“Alegria para o Fim do Mundo” e poesia no feminino na Feira do Livro do Porto

De 28 de Agosto a 13 de Setembro, terá lugar a Feira do Livro do Porto, nos Jardins do Palácio de Cristal. Seguindo normas apertadas de segurança, retomam-se as actividades culturais na cidade, homenageando-se as poetas no feminino.

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Paulo Pimenta
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Os palcos dos Jardins do Palácio de Cristal voltam a acolher a Feira do Livro do Porto, desta vez em tempos conturbados, lançando o mote “Alegria para o Fim do Mundo”, citação de Andreia C. Faria, uma das poetas residentes desta sétima edição que decorre de 28 de Agosto a 13 de Setembro. 

Nesta terça-feira, dia 14 de Julho, no lançamento da programação da Feira do Livro, o público foi convidado para uma deriva sonora narrada pela actriz Catarina Carvalho Gomes pelos jardins idílicos do Porto, embarcando-se numa viagem pela literatura, a poesia e as vozes no feminino, num ano em que se presta homenagem à poeta Leonor de Almeida, cujo nome volta a ganhar ressonância com a reunião e edição da sua poesia pela editora Ponto de Fuga através das pesquisas de Cláudia Clemente, e a Maria de Sousa, vítima de covid-19, que nos deixou um legado de ciência e poesia.

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Catarina Carvalho Gomes Paulo Pimenta

O programa, com coordenação de Nuno Faria, director do Museu da Cidade, passará pelos vários espaços dos Jardins: no auditório da Biblioteca Almeida Garrett, terão lugar lições em torno de heroínas da ficção como Lady MacBeth, Madame Bovary ou a Menina do Mar assim como sessões de cinema, numa antologia dedicada à artista Lynn Hershman, e ainda conversas com as poetas residentes (Andreia C. Faria e Inês Lourenço) e apresentação de edições. 

No auditório do Superbock Arena – Pavilhão Rosa Mota, serão realizados debates impulsionados por palavras-motor dos nossos tempos — “distopia, medo, morte, doença, corpo, casa, diário, planeta, esperança, comunicação na era da técnica (e das fake news)”, assim como as Quintas de Leituras. Na Concha Acústica, assistir-se-ão aos Ecos da Biblioteca sonora e a mais conversas.

No pavilhão #36, em directo e em frequência, estará instalada a Rádio Estação, “um projecto de criação de paisagens sonoras”. No Terreiro da Casa do Roseiral, serão promovidos concertos ao final da tarde com bandas da cidade do Porto, com programação do Maus Hábitos. Haverá ainda mais concertos, como os Concertos Porta-Jazz e o Concerto de Encerramento com Mário Laginha e Pedro Burmester, espalhados um pouco por todo o espaço dos Jardins, e ainda performances na Ilha. Isto, claro, contando sempre com oficinas, uma programação infanto-juvenil, exposições e a Feira da Alegria.

Nas palavras do presidente da Câmara Municipal, Rui Moreira, esta sétima edição da Feira do Livro “ecoa a situação de pandemia” ao mesmo tempo que difunde uma “mensagem de esperança”, promovendo a “valorização da língua portuguesa e da poesia” e “estimulando a actividade comercial”.

Em tempos que exigem segurança, a Feira do Livro cumprirá as directrizes instituídas pela Direcção-Geral da Saúde, seguindo um plano detalhado de contingência que inclui controlo de acesso aos pavilhões, disponibilização de dispensadores de álcool gel pelo espaço, meios de pagamento contactless, circuitos de entrada e saída, atendimento com máscara e viseira, uso obrigatório de máscara e distanciamento de dois metros entre os visitantes durante os eventos.

“Vai ser diferente”, afirma Rui Moreira, mas será também “um incentivo à cidade”, marcando-se assim o regresso das actividades culturais ao Porto num “momento vibrante de conhecimento, mas sobretudo de celebração e alegria”, segundo se lê em comunicado.

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