A cerca sanitária invisível que não deixou o vírus entrar em Mondim de Basto

Rodeada de coronavírus por todos os lados, Mondim de Basto continua livre da covid-19. A inexistência de fábricas ajudou, mas não foi tudo. A autarquia pôs quem pôde em teletrabalho, ajudou a distribuir máscaras, comida e medicamentos porta a porta e criou uma espécie de cerca sanitária invisível. Tudo antes de o estado de emergência ter paralisado o país.

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Nelson Garrido

Máscara momentaneamente metida no bolso da camisa, juntamente com a lapiseira, Alfredo Henriques não hesita quando o PÚBLICO lhe pergunta como se manteve, ele e os restantes 6946 habitantes de Mondim de Basto, a salvo do coronavírus. “Protegemo-nos com as leis que nos foram dirigidas. Muitos não o fizeram.” E, depois de uns segundos, admite que “o ar puro e os comeres naturais”, também terão ajudado. Pode ser que sim. Mas o facto é que, antes mesmo de decretado o estado de emergência, a autarquia ajudou a confeccionar e a distribuir máscaras, pôs quem podia em teletrabalho, distribuiu medicamentos porta a porta e chamou uma unidade laboratorial móvel capaz de assegurar a realização dos testes dentro das fronteiras concelhias. No fundo, criou uma espécie de cerca sanitária invisível que tornou supérfluas quase todas as deslocações para fora de casa e mesmo do concelho.

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