Vendas do comércio a retalho caíram 13,1% em Maio

Produtos não alimentares registaram uma queda homóloga de 24,4% e os alimentares aumentaram 1,3%.

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Enceramento de lojas e confinamento reflete-se mais na queda de vendas de produtos não alimentares PAULO PIMENTA

Em Maio, o índice de volume de negócios no comércio a retalho diminuiu 13,1%, em termos homólogos, registando uma recuperação de 9,1 pontos percentuais (p.p) comparativamente com Abril, em que a queda foi de 22,2%. A maior variação negativa verificou-se nos produtos não alimentares, com uma queda de 24,4%, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta segunda-feira. Estes dados estão fortemente relacionados com as estão com o surto epidemiológico da covid-19.  

Na composição do índice entram os produtos não alimentares, onde apesar da forte queda se verificou uma recuperação face aos -35,5% de Abril, e os produtos alimentares, que registaram um crescimento de 1,3% em Maio, contra a diminuição de 4,8% no mês anterior.

“Uma análise mais fina dos resultados mostra que as vendas de combustíveis para veículos a motor, de têxteis, vestuário, calçado e artigos de couro e de bens para o lar e similares, apresentaram as maiores recuperações da taxa de variação homóloga (19,5 p.p., 17,3 p.p. e 13,0 p.p., respectivamente), que se fixaram em -20,5%, -69,7% e -4,5%, pela mesma ordem. As vendas de produtos farmacêuticos, médicos, cosméticos e de higiene apresentaram agravamento da variação homóloga face ao mês anterior”, revela o INE.

A variação em cadeia do índice agregado foi positiva em 13,1% (-17,4% em Abril), particularmente influenciada pela recuperação dos produtos alimentares, que passou de uma redução de 13,4% em Abril para um aumento de 8,9% em Maio. Já os produtos não alimentares aumentaram 17,9% (redução de 21,4% em Abril). Em termos nominais, o índice agregado passou de uma taxa de variação homóloga de -23,6% em Abril para -16,3% em Maio.

Os índices de emprego e de remunerações diminuíram, em Maio, respectivamente, 3,1% e 7,1% em termos homólogos (variações de -2,1% e -5,2% em Abril, pela mesma ordem). Comparando com Abril, os índices de emprego e de remunerações registaram uma variação de -0,5% e nula, respectivamente (aumentos de 0,6% e 2,1% em Maio de 2019, pela mesma ordem).

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