Lista sobre freguesias de Lisboa que vão ficar sob vigilância será fechada quinta-feira

Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, diz que a informação sobre as freguesias que terão medidas de vigilância mais apertadas ficará “clara” na reunião de Conselho Ministros de quinta-feira. Aí se saberá se o concelho de Lisboa terá, além de Santa Clara, mais alguma freguesia nesta lista.

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Miguel Manso

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e coordenador regional de Lisboa e Vale do Tejo para o combate à covid-19, Duarte Cordeiro, prefere esperar pela reunião de Conselho Ministros de quinta-feira para anunciar a lista das freguesias da Grande Lisboa que inspiram mais preocupação e que, por isso, vão ter medidas de vigilância mais apertadas​​. 

Na segunda-feira, o primeiro-ministro António Costa anunciou que 15 freguesias dos concelhos da Amadora, Loures, Odivelas, Sintra e Lisboa, onde se encontram as linhas de contágio mais preocupantes, serão ser alvo de medidas de vigilância especial. Os concelhos da Amadora e de Odivelas ficarão, na totalidade, em situação de calamidade. Já em Loures, serão as freguesias de Camarate, Unhos e Apelação e a de Sacavém e Prior Velho. Soube-se depois que, em Sintra, são as freguesias de Queluz-Belas, Massamá-Monte Abraão, Agualva-Mira Sintra, Algueirão-Mem Martins, Rio de Mouro e Cacém-São Marcos. Em Lisboa, a freguesia que inspira mais preocupação é Santa Clara. Feitas as contas, se se considerarem todas as freguesias de Odivelas e da Amadora, a lista vai nas 19, número esse já confirmado pelo ministro da Administração Interna (MAI), Eduardo Cabrita, na manhã desta terça-feira. 

“Essa informação vai ficar clara na quinta-feira”, disse, no entanto, Duarte Cordeiro, evitando assim equívocos com “uma alteração de última hora”. 

Para o governante, o conjunto de medidas que foram na segunda-feira anunciadas para tentar conter o aumento de casos de infecção na região de Lisboa, e que passam pelo regresso à limitação de aglomerados com dez pessoas, à antecipação do horário de fecho de estabelecimentos às 20h, ou à proibição de venda de bebidas alcoólicas nas estações de serviço, teriam de ter um âmbito metropolitano e não apenas nos territórios mais críticos.

“O meu entendimento é que se não fosse aplicado no contexto da Área Metropolitana de Lisboa poderiam perder eficácia, mais não fosse pela mobilidade que as pessoas têm”, notou o secretário de Estado, que falava aos jornalistas à margem da da apresentação do autocarro-laboratório, que vai estar a circular no concelho de Cascais para a realização de testes serológicos aos residentes.

Nas freguesias onde se verificam situações mais preocupantes, haverá uma actuação partilhada entre municípios, protecção civil, autoridades de saúde e segurança social, no que diz respeito às vigilâncias. “Dessa forma, vamos procurar libertar os recursos que temos na saúde pública, naquilo que é a identificação dos casos positivos, todos os seus contactos e o isolamento”, disse o governante, acrescentando ainda que é uma forma de isolar situações que considerem ser um risco. 

Essas equipas estão já a trabalhar, segundo disse, nos concelhos de Loures, Amadora, Lisboa e Sintra. “Houve uma necessidade de partilhar mais informação e mapear em conjunto. É essa georreferenciação que permite ir mais longe”, notou.

Um conhecimento “mais detalhado” de onde está problema permitirá agir mais rapidamente e tendo em conta as características da população. “Os municípios têm uma forma de estar, envolvem as suas iniciativas e acrescentam ideias. Aplicar todos os meios que o município tem, sabendo onde os pode aplicar, teremos muito melhores resultados”. ​ 

Esta terça-feira, o ministro da Administração Interna disse que a identificação das freguesias do distrito de Lisboa que vão continuar em situação de calamidade devido à covid-19 resultou de uma avaliação “em total articulação” com os presidentes de câmara.

Eduardo Cabrita falava aos jornalistas o final de uma reunião do Conselho Superior de Segurança Interna. Ressalvando que esta questão vai ser apreciada na reunião do Conselho de Ministros de quinta-feira, o ministro sublinhou que foi feita uma “identificação rigorosa da situação” e analisadas todas as freguesias de cada município. 

O governante sublinhou que os presidentes das câmaras municipais de Amadora e Odivelas entenderam que as medidas se deviam estender a todo o concelho, tendo em conta a dimensão. com Lusa

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