Um momento de publicação independente: Black Cross: A Primeira Banda De Black Metal Em Portugal

Fanzines, edições de autor, livros de artista — nesta rubrica queremos falar de publicação independente. Luís Sobral apresenta Black Cross: A Primeira Banda De Black Metal Em Portugal.

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Apresenta-nos a tua publicação.
O livro Black Cross: A Primeira Banda De Black Metal Em Portugal está perfeitamente descrito no título, pois retrata os difíceis primeiros passos de uma banda pesada num país onde não existia uma estrutura organizada para espalhar o nome, seja através de edições, seja através de concertos ao vivo. Tudo isto, devidamente contextualizado cultural e socialmente no espaço (Barreiro) e no tempo (meados da década de 80). Quando deparados com a falta de canais, trataram de tudo eles próprios da melhor forma que sabiam/conseguiam, gravando em condições inimagináveis hoje em dia e tratando da organização de concertos.

Quem são os autores?
O autor é o Luís Neto, um veterano da cena metal portuguesa, e que tem o seu nome associado à edição de fanzines e compilações, bem como vários trabalhos gráficos.

Do que quiseram falar?
Pretendemos resgatar a memória de uma banda, que, apesar de não ser dos nomes mais falados entre as bandas da época, continua na memória de todos os que com ela se cruzaram. Para além do texto, feito com base em entrevistas aos membros da banda e pessoal que gravitava à volta da mesma, inclui várias fotos da época e a reprodução de material gráfico, seja capas, posters, recortes de jornais, fanzines, bilhetes e correspondência.

Questões técnicas: quais os materiais usados, quantas páginas tem, qual a tiragem e que cores foram utilizadas?
É um livro com impressão digital a preto e branco, 180 páginas, 15x23cm. Não tem limitação, mas as primeiras 100 cópias eram acompanhadas por um postal assinado pelos membros da banda e uma cassete com a demo e temas ao vivo, daí em diante tem um CD.

Onde está à venda e qual o preço?
Está à venda aqui ou por email. Custa 20 euros, o pack livro e CD.

Porquê fazer e lançar edições hoje em dia?
Aproveitando as técnicas actuais de impressão, mais acessíveis e maleáveis em termos de número de cópias, é possível aceder a nichos de mercado, não se estando obrigado a atingir uma grande fatia de público, o que garante a preservação de certas memórias, que estariam condenadas de outra forma.

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Recomenda-nos uma edição de autor recente lançada em Portugal.
Manuel Pereira - Semiotics of Biblical Abomination. O Manuel Pereira tem-se destacado com a sua produção visual pelas técnicas não-ortodoxas e por fugir ao politicamente correcto, o que já garantiu um toque reconhecível à sua arte.

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