Embarcação com 22 imigrantes interceptada ao largo de Loulé

Os seus ocupantes, todos do sexo masculino, alegaram ser de origem marroquina.

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LUSA/LUIS FORRA

Uma embarcação com 22 pessoas foi interceptada, na manhã desta segunda-feira, pela Polícia Marítima em Vale do Lobo, ao largo de Loulé, confirmou o PÚBLICO junto da porta-voz da Autoridade Marítima Nacional, a comandante Nádia Rijo. Os 22 imigrantes foram entregues ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

A embarcação foi identificada às 4h por pescadores e interceptada às 4h50 por elementos da Polícia Marítima de Faro, de acordo com um comunicado da Autoridade Marítima Nacional. Os ocupantes, todos do sexo masculino e sem documentos, alegaram ser de origem marroquina.

O comandante da Zona Marítima do Sul, Fernando Rocha Pacheco, afirmou à CMTV que a embarcação “sobrelotada” em que seguiam estes homens tem pouco mais de sete metros. Os imigrantes foram interceptados enquanto iniciavam o desembarque em terra. Os 22 homens foram questionados e alegam ter saído “há três dias” de El Jadida, antiga Mazagão portuguesa, com destino à “costa sul de Espanha ou de Portugal”, esclareceu o mesmo comandante, horas mais tarde, em declarações à RTP3.

Os 22 tripulantes foram encaminhados para a Estação Salva-Vidas de Quarteira e uma equipa do INEM já iniciou os testes de despiste à covid-19. Após o resultado dos testes e o interrogatório que está a ser feito pelo SEF, as autoridades decidirão o futuro dos detidosO seu estado de saúde é “aparentemente bom”, de acordo com Rocha Pacheco, e o resultado dos testes será conhecido nas próximas horas, e decidirá o destino dos imigrantes: se for positivo, serão encaminhados pelas autoridades de saúde; se for negativo, será o SEF a proceder com a “tramitação legal”.

Os marroquinos têm idade entre os 20 e os 30 anos, falam francês e alguns, inglês. Viajavam num barco de sete metros com capacidade para dez pessoas. A embarcação tinha dois motores de 18 cavalos de potência, manifestamente fraca para vencer um mar encrespado. Traziam a roupa em sacos de plástico e como reserva alimentar tinham algumas tâmaras.

SEF explicou, em comunicado, que foram “garantidas as necessidades básicas, incluindo alimentação e assistência médica” a estes imigrantes, que se encontram “actualmente à guarda do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, que está a desenvolver os procedimentos necessários para apurar as suas identidades, bem como avaliar o enquadramento da situação, uma vez que chegaram indocumentados”.

Foi disponibilizado o pavilhão da Escola EB 2,3 D. Dinis na mesma localidade, para aí poderem ficar temporariamente à guarda do SEF.

Não é a primeira vez este ano que embarcações com imigrantes são interceptadas ao largo do Algarve. Em Janeiro, uma embarcação com 11 imigrantes marroquinos foi interceptada em Olhão. A 6 de Junho foi encontrada outra embarcação, também perto de Olhão, com sete pessoas a bordo.

Em Dezembro, desembarcaram na praia de Monte Gordo oito jovens de origem marroquina, vindos de El Jadida.

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