Variedade regional, o pêro de Monchique vai renascer à beira de um convento em ruínas

As macieiras algarvias (pereiros) desapareceram dos mercados e feiras há mais de três dezenas de anos. Resta pouco mais do que a saudade do tempo em que a fruta incorporava o cheiro e os sabores da terra onde era criada.

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RUI GAUDÊNCIO

O último grande incêndio, ocorrido há dois anos no Algarve, não destruiu apenas 27 mil hectares do montado de sobro, medronheiros e eucaliptos. Perdeu-se, também, um outro elemento do património vegetal. O pêro de Monchique – a variedade regional das macieiras – quase se extingiu. “Por sorte, conservamos aqui, no Centro de Experimentação Agrária de Tavira (CEAT), o repositório das fruteiras mais representativas [cerca de um milhar de variedades” , diz António Marreiros, um dos agrónomos que lutam para que a região não perca os sabores tradicionais. Não está sozinho, mas são cada vez menos os que resistem à padronização do sabor (ou ausência de paladar) da fruta de todo o ano

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