Maria reinventou-se como professora. Agora é a vez das escolas

Maria Coelho viu-se de um dia para o outro com três filhos em casa e um regime de ensino à distância que a obrigou a reinventar-se como professora. “O que tinha desenvolvido melhor já não valia nada.” O desconfinamento devolveu alguma liberdade à família, mas Maria teme que a crise imposta pela pandemia traga um desinvestimento nas escolas.

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Diogo Salvador e Maria Coelho com os três filhos: Salvador de 11 anos, Margarida de 9, e Xavier de 3.

Na primeira semana de quarentena, Maria perdeu-se entre a exaustão e o piloto automático. Madrugada dentro, quando o marido, Diogo Salvador, e os três filhos - Simão, de 11 anos, Margarida, de 9, e Xavier, de três anos - já estavam a dormir, Maria dava por si a refazer uma e outra vez um horário semanal das actividades da família. “Com umas olheiras gigantes eu voltava àquele horário e dizia: isto tem de melhorar”, conta a professora de 42 anos. O mapa que ditava as horas de aulas, ginástica, dos momentos de lazer e descanso, deveria estar afixado no frigorífico assim que que os filhos acordassem. “Eu achava que aquilo era a receita da harmonia.”

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