Feira do Livro de Guadalajara e Festival Hay vencem Prémio Princesa das Astúrias

O júri do prémio sublinha que os dois eventos representam “os pontos de encontro mais importantes do livro, os escritores, os leitores e a cultura no mundo”.

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Feira do Livro de Guadalajara LUSA/FRANCISCO GUASCO

A Feira Internacional do Livro de Guadalajara e o Festival Hay de Literatura e Artes foram distinguidos esta terça-feira, em Oviedo, Espanha, com o Prémio Princesa das Astúrias da Comunicação e Humanidades 2020, reconhecendo a sua importância para a Cultura.

O júri do prémio sublinha que os dois eventos representam “os pontos de encontro mais importantes do livro, os escritores, os leitores e a cultura no mundo”.

A Feira de Guadalajara e o Festival Hay “reúnem uma grande variedade de públicos em torno da literatura e congregam centenas de milhares de visitantes por ano para incentivar o hábito de leitura entre eles” e “também contribuem decisivamente para reforçar as indústrias culturais e torná-las sustentáveis”, realça ainda o jurado.

A Feira Internacional do Livro de Guadalajara foi impulsionada em 1987 pela universidade daquela cidade mexicana, tendo-se convertido num fenómeno literário universal, com uma enorme impacto popular e uma grande participação, constituindo um grande foco de projecção da língua espanhola.

É apresentada como a segunda maior feira do livro a nível mundial, a seguir à de Frankfurt, na Alemanha. Em 2018, Portugal foi o convidado de honra da Feira de Guadalajara.

Nascido em 1988, na pequena cidade galesa de Hay-on-Wye, o Festival Hay atrai leitores e escritores através das suas edições, que se têm estendido desde 2006 pela América, Europa e Próximo Oriente.

Este é o terceiro dos oito Prémios Princesa das Astúrias a ser entregue este ano, depois de o das Artes ter sido atribuído aos compositores Ennio Morricone e John Williams e, o da Concórdia, aos profissionais espanhóis de saúde.

Cada prémio consiste numa escultura do pintor e escultor espanhol Joan Miró — símbolo que representa o galardão —-, 50.000 euros, um diploma e uma insígnia, que nos anos anteriores foi entregue numa cerimónia solene presidida pelo rei de Espanha, Felipe VI, no teatro Campoamor, em Oviedo.

O prémio da Comunicação e Humanidades já foi atribuído em anos anteriores a entidades e personalidades tão diversas como o Museu do Prado (2019), Les Luthiers (2017), Google (2008), Revistas Science e Nature (2007), National Geographic Society (2006), Umberto Eco (2000), Václav Havel e CNN (1997) e o jornal El País (1983), entre outros.

Este galardão distingue “o trabalho de criação e aperfeiçoamento das ciências e disciplinas consideradas como actividades humanistas e aquelas relacionadas com os meios de comunicação em todas as suas expressões.”.

Em termos mais gerais, os Prémios Princesa das Astúrias distinguem o “trabalho científico, técnico, cultural, social e humanitário” realizado por pessoas ou instituições a nível internacional.

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