Diana Policarpo: escultura entre desenho e som
Um conto que unifica a matéria visual e sonora da obra de Diana Policarpo, a mais jovem Prémio EDP que tem uma exposição individual numa galeria do Porto. Pangolins, moedas de troca e astrónomos amadores num mundo em crise. A salvação pode chegar pela capacidade de organizar o futuro à volta do sol, porque a escultura também é luz.
Quem passear distraidamente pelo Bonfim no Porto à procura da “coolness" que o jornal britânico The Guardian atribui recentemente a esta zona da cidade, é provável que encontre a Galeria Lehmann + Silva depois de ter passado à porta da Faculdade de Belas-Artes e dobrado a esquina em direcção à rua Duque da Terceira. Por estes dias, é também mais fácil localizar a ampla montra de um prédio anónimo dos anos 70 desta jovem galeria que ajuda a identificar a freguesia do Bonfim nos roteiros feitos sobre a cidade como o novo “bairro das artes”, um concorrente do quarteirão da rua de Miguel Bombarda. Os grandes planos de vidro da montra estão cobertos por uma película cor-de-laranja que faz as vezes de um Rá contemporâneo, o deus do Sol do Antigo Egipto, revelando a primeira camada da exposição Overlay de Diana Policarpo, a última artista a receber o Prémio Novos Artistas Fundação EDP.
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