MAI: balanço do terceiro período da situação de calamidade é “muito positivo”

Eduardo Cabrita elogiou a acção das forças de segurança durante o estado de calamidade e pediu aos portugueses para continuarem responsáveis durante os próximos feriados.

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Eduardo Cabrita apelou a um "desconfinamento responsável" enquanto durar o estado de calamidade daniel rocha

O ministro da Administração Interna considerou esta sexta-feira a evolução verificada durante o terceiro período de declaração de situação de calamidade foi muito positiva, mas apelou para um “desconfinamento responsável”.

“Neste momento, em que estamos numa fase já avançada do terceiro período de declaração de situação de calamidade fazemos um balanço muito positivo da evolução que se verificou”, sublinhou Eduardo Cabrita em conferência de imprensa no final de uma reunião da Estrutura de Monitorização da Situação de Calamidade.

O ministro elogiou ainda a acção das forças de segurança, que “tem variado bastante deste tempo”, considerando que essa capacidade de adaptação a cada momento foi um “factor de sucesso da situação em Portugal”.

Antecipando os próximos dias, Eduardo Cabrita pediu que os portugueses continuem a ter um comportamento responsável, considerando que a próxima semana, marcada por dois feriados e, habitualmente, por festejos populares, é “uma semana de grande desafio”.

“Aquilo que fazemos aqui é um apelo para que os portugueses tenham um desconfinamento responsável, que neste momento gozem aquilo que foi o espaço conquistado da nossa liberdade, mas com uma particular atenção à importância de respeito de regras de etiqueta sanitária”, sublinhou.

“Temos de consolidar estes bons resultados”, acrescentou, recordando que o país tem sido apontado como exemplo na resposta à pandemia da covid-19.

Questionado sobre como as forças de segurança se estão a preparar para a retoma de alguma actividade dos aeroportos portugueses, o ministro afirmou que tanto o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras como a Polícia de Segurança Pública “estavam à altura” quando o país recebia “dezenas de milhões de passageiros”.

“Infelizmente, este ano teremos menos passageiros e as forças de segurança estão prontas para acompanhar esse gradual regresso”, sublinhou.

Portugal contabiliza pelo menos 1465 mortos associados à covid-19 em 33.969 casos confirmados de infecção, segundo o último boletim diário da Direcção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta sexta-feira.

Relativamente ao dia anterior, há mais 10 mortos (+0,7%) e mais 377 casos de infecção (+1,1%).

Portugal entrou no dia 3 de Maio em situação de calamidade devido à pandemia, que sexta-feira foi prolongado até 14 de Junho, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de Março.

Esta fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório apenas para pessoas doentes e em vigilância activa e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

Novas medidas entraram em vigor na segunda-feira, 1 de Junho, com destaque para a abertura dos centros comerciais (à excepção da Área Metropolitana de Lisboa, onde continuarão encerrados até 14 de Junho, pelo menos), dos ginásios ou das salas de espectáculos.

Estas medidas juntam-se às que entraram em vigor no dia 18 de Maio, entre as quais a retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.

Em 30 de Maio regressaram as cerimónias religiosas comunitárias enquanto a abertura da época balnear acontece sábado, dia 6 de Junho.

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