Orquestras na pós-pandemia: uma rentrée estranha e fora de tempo

A Sinfónica do Porto regressa este sábado à Sala Suggia a abrir um calendário de regresso das orquestras portuguesas ainda muito rarefeito, e a apalpar um terreno muito incerto. Mesmo se os músicos se mostram felizes por retomarem o contacto com o público e sem medo da covid-19.

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Maestro Pedro Amaral, da Orquestra Metropolitana de Lisboa Paulo Pimenta
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Elisabete Matos, directora artística do São Carlos DR
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O clarinetista Carlos Alves vai ser solista na peça de Copland neste regresso da Sinfónica Casa da Música nelson garrido
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No regresso da Sinfónica do Porto, vai ouvir-se a Sinfonia n.º 29 de Mozart e o Concerto para clarinete de Copland nelson garrido

Quando é que, nos palcos da música erudita, iremos voltar a ouvir as grandes obras de Wagner, Mahler, Strauss, Liszt, Berlioz? Esta é uma questão a que ninguém verdadeiramente sabe ainda responder. Mas o maestro Pedro Amaral arrisca em avançar que “o reportório sinfónico e coral-sinfónico vai ficar confinado durante um ano”. Até lá, vamos, contudo, poder ouvir música barroca e Mozart, Beethoven (menos a 9.ª Sinfonia), Schubert, Mendelssohn… E muita música de câmara. E se nas últimas décadas do século XX, nos meios da música e em jeito de piada, se definia uma orquestra de câmara como uma sinfónica soviética no final de uma tournée ao Ocidente, nos tempos que correm podemos dizer que uma orquestra de câmara é uma sinfónica depois da pandemia da covid-19!

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