Universidade de Aveiro recebe 365 mil euros para investigação em neurociências

Cátedra Ilídio Pinho em Neurociências criada na Universidade de Aveiro.

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Miguel Manso

A Fundação Ilídio Pinho anunciou esta terça-feira que atribuiu 365 mil euros à cátedra Ilídio Pinho em Neurociências da Universidade de Aveiro, para financiar a investigação das doenças de Parkinson e de Alzheimer.

“O objectivo da investigação, no âmbito das células dendríticas é perceber de que forma o sistema imunitário é influenciado por doenças inflamatórias”, explica a fundação em nota de imprensa. Visa também obter mais conhecimento e resultados “que possam contribuir para encontrar soluções para os males cerebrais terríveis que afectam inúmeras pessoas, no âmbito da Parkinson e Alzheimer e outras demências que as diminuem na sua condição humana”.

“Os resultados da investigação irão permitir introduzir soluções inovadoras para a melhoria da qualidade de vida da população, beneficiando, desta forma, os serviços de saúde em Portugal e no mundo”, refere-se ainda.

O empresário Ilídio Pinho justifica que a fundação com o seu nome se “revê com sentido de utilidade” nessa cátedra em neurociências degenerativas. “Os desenvolvimentos e os progressos que têm vindo a ser tomados, e outros que se esperam, estão enquadrados naquilo que são os princípios da fundação, ao contribuírem para que o desenvolvimento da ciência seja um factor de valorização humana”, salienta Ilídio Pinho, citado no comunicado.

Integram o projecto de investigação Jens Wiltfang (vice-presidente do Centro de Investigação Clínica de Göttingen, na Alemanha), Philippe Pierre (imunologista e director de investigação no Centro Nacional de Investigação Científica francês, ou CNRS) e Evelina Gatti (directora de investigação do Centro de Imunologia de Marselha, do CNRS).

A Universidade de Aveiro promoveu, a 27 de Maio, um workshop online com os investigadores que detêm a cátedra, através da plataforma Zoom, moderado pelo seu vice-reitor Artur Silva, em que partilharam os resultados da investigação que têm feito no âmbito das células dendríticas e de doenças inflamatórias, na Parkinson, e na investigação da validação de indicadores de alguns estados de doença, como é o caso da Alzheimer. No encerramento, Ilídio Pinho destacou a importância de se procurarem “soluções preventivas para as doenças e não curas para os doentes, contribuindo, dessa forma, para o prolongamento saudável da vida”.

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