A praça de Notre-Dame abriu finalmente ao público

Primeiro foi a contaminação com chumbo fundido. Depois a pandemia. Mas este domingo a praça frontal à catedral parisiense já pôde receber visitas.

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LUSA/YOAN VALAT

Pode parecer pouco perante a exigente tarefa ainda pendente, mas sabe a muito aos parisienses. Este domingo abriu a praça de 1200 metros quadrados que é frontal a Notre-Dame, e que estava fechada ao público desde o incêndio que ameaçou destruir a catedral gótica, deixando ao mesmo tempo a área circundante contaminada com chumbo fundido.

A presidente da câmara de Paris, Anne Hidalgo, na presença do ministro da Cultura, Frank Riester, considerou que a reabertura é uma forma de renascimento. “É um primeiro estágio para recuperar Notre-Dame”, disse por sua vez o ministro. "É um pequeno passo em direcção a Abril de 2024, mas estamos a avançar”, avaliou o general Jean-Louis Georgelin, que lidera o projecto de reconstrução.

Devido ao incêndio de 15 de Abril de 2019, a praça e a rua que dá acesso ao local sofreram uma contaminação tóxica que levou ao encerramento imediato da área. Após as delicadas tarefas de descontaminação e o parecer favorável da agência regional de saúde, as autoridades autorizaram a reabertura do local. As obras de de Notre-Dame foram interrompidas em Março devido à pandemia, sendo agora retomadas com o objectivo de o restauro estar finalizado até 2024. A praça agora reaberta e a zona envolvente são os locais onde os milhões de turistas que visitam anualmente a catedral costumam fazer fila para entrar.

O fogo derreteu 500 toneladas de chumbo fundido do telhado de Notre-Dame, que se espalhou pelo interior da catedral mas não só. Uma das áreas mais afectadas acabou por ser a praça, que foi imediatamente fechada ao público. A contaminação chegou a paralisar os trabalhos de reconstrução no Verão passado. Foram necessários muitos meses e vários processos intensivos de limpeza até que as autoridades de saúde aprovassem a reabertura. Após sucessivos adiamentos, a ideia era reabrir a área pública da catedral a 15 de Abril, no primeiro aniversário do incêndio. Mas tal não foi possível por causa da pandemia. Agora, finalmente, aconteceu.

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