Enfrentar a covid-19 com perturbação obsessivo-compulsiva. Pode a mente vencer a doença dos mil cuidados?

Lavar as mãos até gretar, tomar banhos de horas, pensar se a manga do casaco não tocou na porta da rua. São manifestações de uma doença que afecta 4% dos portugueses. Mariana, André e Diana vivem com a perturbação obsessivo-compulsiva. A covid-19 abalou vidas presas a pensamentos “absurdos” e contrários à vontade.

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GABRIEL SOUSA

Mariana sabe que tem perturbação obsessivo-compulsiva há pelo menos seis anos. A pandemia de covid-19 aconteceu numa altura em que estava a recuperar o que perdeu ao longo dos anos – as saídas e os jantares com amigos, que passaram para segundo plano nos momentos mais críticos – e trocou-lhe as voltas. Agora, acha que está a regredir. André também sente compulsões relacionadas com a possibilidade de contaminação, mas encara a covid-19 com naturalidade – e até se juntou a um grupo de voluntários de entrega de compras quando o confinamento chegou. Já Diana diz que a pandemia não é o que mais a preocupa, mas dá por si a pensar de forma persistente nas mazelas que pode deixar. 

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