Como será o Verão na Europa? Um guia do regresso do turismo

Alguns países já anunciaram uma data para a reabertura de fronteiras. Outros criam “corredores” turísticos que permitem a livre circulação entre certos destinos. O PÚBLICO reuniu o que se sabe até agora sobre a reabertura do turismo e fronteiras na Europa.

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Pessoas aproveitam o sol junto ao Lago Maggiore, em Ascona, Suíça SAMUEL GOLAY/EPA

Os termómetros começam a aumentar e a fazer lembrar o Verão que está ao virar da esquina. Aquele mesmo Verão que virá acompanhado de uma série de mudanças devido à pandemia de covid-19.

Desde que foram registados casos em Dezembro, na China, o novo coronavírus espalhou-se pelo mundo e levou os governos de vários países a decretarem uma série de medidas para conter a sua propagação, incluindo o encerramento de fronteiras e a imposição de restrições às viagens.

Em meados de Março foi interrompida a livre circulação na Europa, o princípio fundador do Espaço Schengen, e as fronteiras externas da União Europeia (UE) foram encerradas. Passados dois meses, muitos governos europeus estão agora empenhados em relançar as economias, que dependem em grande parte do turismo.

Na semana passada, Bruxelas anunciou uma série de recomendações para salvar as férias de Verão. “Todos nós precisamos de férias depois deste longo confinamento, mas claro que este não vai ser um Verão normal”, reconheceu a vice-presidente executiva, Margrethe Vestager.

“Com estas medidas, queremos garantir que não é um Verão perdido”, em que as famílias têm de ficar fechadas em casa e o sector turístico se afunda ainda mais na crise, acrescentou, lembrando que esta é uma “actividade vital, da qual dependem milhões de empregos e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) da UE”.

Estão várias hipóteses em cima da mesa, como a possibilidade de se criarem “corredores” turísticos que permitiriam que determinados países com taxas de infecção baixas ou decrescentes possam abrir excepções até as fronteiras serem abertas totalmente.

A Comissão Europeia propõe também um levantamento faseado e coordenado das restrições de viagens entre países ou regiões com situações epidemiológicas similares”, assim como a criação de protocolos de saúde e segurança para as praias, hotéis, parques de campismo, alojamentos locais, cafés e restaurantes.

No início do mês, a Comissão Europeia, que não tem poder directo sobre os controlos nas fronteiras (sendo que o encerramento das fronteiras é uma competência nacional), instou os Estados-membros que pertencem ao Espaço Schengen e os quatro Estados associados (Islândia, Listenstaine, Noruega e Suíça) a prorrogarem, até 15 de Junho, a restrição temporária das viagens não indispensáveis.

Mas podem os europeus viajar e receber turistas? Apesar dos apelos para que este seja um movimento coordenado, a resposta a estas questões depende da origem e do destino em questão.

Por enquanto, aqui está o que se sabe sobre a reabertura ao turismo na Europa:

Portugal

Portugal, que recebeu 24 milhões de turistas em 2019, deu início esta semana à segunda fase de desconfinamento. Juntamente com Itália e Espanha, Portugal é um dos países onde o PIB mais depende do turismo, num total de 16,5%, segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo.

Na semana passada, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que a época balnear começa a 6 de Junho, ainda que com medidas de distanciamento social e novas regras, incluindo uma sinalética semáforo e uma app para monitorizar a lotação das praias. Já se pode ir à praia, mas há regras a cumprir.

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Praia da Torre, Oeiras Nuno Ferreira Santos

Embora ainda não esteja claro se os turistas internacionais poderão regressar a Portugal antes de 2021, começaram-se já a delinear algumas estratégias. O Turismo de Portugal criou, por exemplo, o selo “Clean & Safe”, que permitirá “distinguir as actividades turísticas que asseguram o cumprimento de requisitos de higiene e limpeza para prevenção e controlo da covid-19 e de outras eventuais infecções”.

Em Abril, os direitos dos viajantes foram tornados públicos em Diário da República, estando estipulado que os consumidores podem receber um vale no mesmo valor ou reagendar, até ao final de 2021, as reservas feitas entre 13 de Março e 30 de Setembro de 2020.

Ao contrário dos restaurantes e de outros estabelecimentos, os hotéis não foram obrigados a fechar por decreto do Governo, mas muitas unidades optaram por encerrar devido à falta de receitas. Agora, alguns começam a reabrir, nomeadamente unidades de turismo rural, com medidas de higiene e segurança reforçadas.

No início deste mês, o presidente da Associação de Hotelaria de Portugal, Raul Martins, revelou ao PÚBLICO que o processo de reabertura das unidades hoteleiras será faseado e deverá depender da tipologia e das regiões em que se inserem. Segundo Raul Martins, Julho deverá ditar o arranque do sector nas zonas balneares, no interior do país e ilhas, mas, no caso das cidades, como Lisboa e Porto, as unidades só deverão voltar a ter negócio em Setembro.

Mas, como na maioria dos países europeus, o turismo em Portugal deverá arrancar com os olhos postos no mercado interno. Eliderico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), disse recentemente em entrevista à Bloomberg que não espera que os turistas estrangeiros regressem ao Algarve até ao próximo ano, acrescentando que muitos hotéis poderão permanecer fechados em 2020. Aqueles que abrirem poderão depender das reservas feitas dentro de portas.

Para já, sabe-se que o Governo português prolongou até 15 de Junho a interdição de voos com destino e a partir de Portugal para e de países fora da União Europeia, mas com excepções. Porém, o Executivo garante que é seu objectivo assegurar “que os emigrantes possam vir a Portugal no Verão”.

França

As fronteiras francesas estão encerradas há dois meses para visitantes de países fora da UE e o Governo anunciou recentemente que, a partir de 20 de Maio, os cidadãos franceses ou com residência oficial em França (autorizados a entrar no país) que regressem de fora da UE serão convidados a cumprir 14 dias de quarentena voluntária.

Paris espera que, dentro da UE, seja possível diminuir as restrições de fronteira a partir de 15 de Junho. “Nas fronteiras internas, temos acordos de reciprocidade com os países vizinhos e podemos pensar que, progressivamente, a flexibilização do confinamento ajude e, se por acaso a situação da pandemia piorar, poderemos fazer uma revisão das medidas de encerramento. Penso que gradualmente, a partir de 15 de Junho, conseguiremos um relaxamento geral. Isto é tudo o que desejo”, afirmou esta terça-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yves Le Drian, ao canal de televisão LCI.

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Paris, França IAN LANGSDON/EPA

A 14 de Maio, o primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, anunciou que os franceses vão poder ir de férias para território francês em Julho e Agosto, altura em que também anunciou programa de apoio ao sector turístico no valor de 18 mil milhões de euros. “Podem fazer as vossas reservas”, disse, acrescentando que salvar o turismo, “uma das jóias da economia francesa, é uma prioridade nacional”.

Jean-Baptiste Lemoyne, secretário de Estado do Turismo francês, explicou depois, citado pelo jornal Sud Ouest, que esta é uma oportunidade “para aumentar a consciencialização sobre a riqueza da oferta turística francesa”, assim como uma oportunidade de promover o turismo “sustentável” e verde.

Grécia

​Esta quarta-feira, o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, anunciou 15 de Junho como a data oficial para abrir portas ao turismo na Grécia, altura em que os hotéis sazonais poderão também reabrir.

A 1 de Julho, irão regressar os voos internacionais a partir de alguns destinos seleccionados numa primeira fase. Segundo o ministro do Turismo grego, Harry Theoharis, será dada prioridade a territórios com uma situação mais estável relativamente à pandemia de covid-19. A lista de países autorizados a voar para a Grécia a partir de 1 de Julho será anunciada a 31 de Maio, mas prevê-se que esta possa incluir destinos como a Bulgária, Israel, Chipre, Alemanha e Norte da Europa. Já o Reino unido deverá ficar de fora desta lista, pelo menos até a sua situação melhorar. 

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Atenas, Grécia Alkis Konstantinidis/REUTERS

Como medida para relançar o turismo, Kyriakos Mitsotakis anunciou também a redução das taxas de consumo de 24% para 13% em todos os transportes, diminuindo assim o preço dos bilhetes de avião, barcos ou autocarros. A redução de impostos estender-se-á também a cafés, bebidas e bilhetes de cinema ao ar livre.

Os turistas não terão de passar por um período de quarentena, mas serão submetidos a um teste de diagnóstico à covid-19Mitsotakis tinha já sugerido que as pessoas fossem testadas antes de entrarem no avião.

A Acrópole de Atenas, um dos maiores símbolos da cultura grega, e outros museus e atracções turísticas reabriram esta segunda-feira, assim como as escolas secundárias e centros comerciais. No mesmo dia, foram levantadas as restrições de circulação dentro do país, permitindo-se agora as deslocações entre municípios.

primeiro-ministro grego admitiu, no entanto, à CNN que “a experiência turística este Verão poderá ser ligeiramente diferente daquela que os turistas tiveram em anos anteriores”. “Talvez os bares não estejam abertos, nem [haja] multidões, mas ainda assim será possível ter uma experiência fantástica na Grécia — desde que a epidemia esteja numa tendência decrescente ao nível global”, disse.

Espanha

As medidas de restrição impostas em Espanha, que atingiu um recorde de 84 milhões de turistas em 2019, são algumas das mais duras da Europa. Agora, o país começa a levantar gradualmente as restrições, prevendo-se que as praias reabram em Junho — algumas delas, com novas regras e soluções, como é o caso da praia de Silgar, no município de Sanxenxo, que irá atribuir a cada banhista uma parcela do areal. Segundo a CNN, foi dada também autorização aos hotéis nalgumas partes do país para reabrirem.

No entanto, as autoridades espanholas têm-se mostrado bastante cautelosas no que diz respeito à reabertura do país, sendo provável que não venham a reabrir as fronteiras até ao final de Junho. Actualmente, apenas os cidadãos espanhóis, residentes permanentes e trabalhadores fronteiriços estão autorizados a entrar no país.

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Barcelona, Espanha ANDREU DALMAU/EPA

Além disso, a quarentena obrigatória de 14 dias imposta, desde 15 de Maio, a todas as pessoas que chegam a Espanha do estrangeiro foi alargada até 15 de Junho. O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, pediu também que o estado de emergência seja prolongado até 7 Junho.

Escreve o El Mundo que “Espanha é já o país da UE que mais entraves coloca à chegada de turistas”. O discurso replica-se, com o El País a notar que Itália já retomou quase todas as actividades dentro do país e deverá abrir as fronteiras aos turistas europeus em breve, enquanto Espanha não pondera sequer permitir movimentações internas (entre municípios) pelo menos até finais de Junho. O princípio é o da precaução, dizem fontes do Governo espanhol, e o objectivo passa por garantir que não são dados passos atrás e que a reputação de Espanha como um destino turístico seguro não sai prejudicada.

Itália

Itália, um dos países mais afectados pela pandemia de covid-19, irá levantar as restrições às viagens para cidadãos da UE a partir de 3 de Junho, data em que reabrem os aeroportos. Os turistas europeus que entrarem no país não terão de passar por um período de quarentena. Um “risco calculado” para relançar a indústria do turismo, afirmou, citado pelo La Repubblica, o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, que não descarta, no entanto, a hipótese de o número de contágios aumentar.

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Fregene, perto de Roma, Itália Guglielmo Mangiapane/REUTERS

Na semana passada, segundo a agência Ansa, o Governo italiano anunciou também que será disponibilizado um bónus de até 500 euros para todas as famílias com um rendimento anual inferior a 40 mil euros para que estas possam fazer férias dentro do país.

Já esta quinta-feira, Giuseppe Conte fez um apelo aos jovens, numa intervenção no Parlamento, para evitarem reuniões e festas, depois de Itália ter reaberto quase todas as actividades na segunda-feira. Conte incentivou ainda os italianos a permanecerem no país durante as férias, admitindo que “o sector do turismo exige mais medidas”.

Está prevista a reabertura de todos os museus em Itália durante o mês de Maio — ainda que com novas regras e reservas online de bilhetes. A Basílica de São Pedro, no Vaticano, reabriu esta segunda-feira, depois de estar dois meses encerrada.

Alemanha

A Alemanha anunciou já a reabertura gradual das fronteiras com os países vizinhos até 15 de Junho, tendo já reaberto a fronteira com o Luxemburgo no sábado passado.

“O objectivo é, se a ocorrência de infecções o permitir — quero sublinhar isso —, que a partir de 15 de Junho os controlos fronteiriços no Espaço Schengen possam ser completamente eliminados”, disse a chanceler alemã, Angela Merkel, na quarta-feira passada, citada pela Reuters.

Reino Unido

Questionado sobre se os britânicos devem agendar voos para Julho, o ministro dos Transportes britânico não se quis comprometer: “As pessoas quererão ver qual será a trajectória desta doença nos próximos meses. Não estamos a ver ainda declínios. Eu não vou reservar férias de Verão neste momento”, disse Grant Shappscitado pela BBC. As declarações não agradaram, no entanto, às agências de viagens britânicas, que acusam o ministro de fomentar a desconfiança no sector.

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Londres, Reino Unido Steven Watt/REUTERS

As autoridades britânicas sublinham que as actuais recomendações impostas para conter a propagação do novo coronavírus “não permitem” que se realizem viagens não-essenciais dentro do Reino Unido ou para o exterior. Aqueles que são autorizados a entrar no Reino Unido, devem passar por um período de quarentena de 14 dias, uma medida que foi introduzida por um período de tempo indefinido.

Segundo a BBC, a plataforma Airbnb restringiu temporariamente as reservas de alojamentos no Reino Unido, estando apenas disponíveis para trabalhadores e estadias essenciais”. A CNN destaca que os planos traçados ditam que os hotéis deverão começar a reabrir no início de Julho, mas enquanto o controlo das fronteiras continuar em vigor, o turismo no Reino Unido poderá depender apenas dos turistas nacionais.

Croácia

A Croácia, onde o turismo representa cerca de 20% do PIB, fechou as suas fronteiras relativamente cedo e conseguiu manter a epidemia relativamente controlada, contando com menos de cem mortes por covid-19.

Agora as autoridades croatas sugerem que as fronteiras do país possam vir a ser reabertas aos turistas estrangeiros no final deste ano. Àqueles a quem é permitida a entrada no país, é solicitado que cumpram um período de quarentena de 14 dias.

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Uma praia em Prapratno, Croácia Antonio Bronic/REUTERS

Não obstante, as autoridades pretendem criar um “corredor” turístico entre a Croácia e a República Checa. Na prática, isto significaria que qualquer turista vindo da República Checa que consiga provar que não está infectado pelo novo coronavírus poderia eventualmente viajar para a Croácia. “Já discutimos com a República Checa para que eles preparem as suas propostas e nós vamos preparar as nossas”, disse o ministro do Turismo croata, Gari Cappelli, em entrevista à rádio HRT.

Suíça

No fim-de-semana passado, a Suíça, Alemanha e Áustria começaram a relaxar as restrições ao nível das fronteiras — permitindo que as famílias, amigos e casais separados se pudessem voltar a encontrar, embora as fronteiras permaneçam fechadas para os turistas. Até meados de Junho, deverá estar concluída uma reabertura total, nomeadamente com França, segundo a BBC.

Os planos para relançar o turismo interno na Suíça estão também em andamento, estando prevista a reabertura dos museus, bares e restaurantes esta semana, seguindo-se depois, no final de Maio, os hotéis.

República Checa

Em Abril, o Governo da República Checa autorizou novamente as viagens para o estrangeiro, incluindo para férias. Ao regressarem ao país, os cidadãos checos devem apresentar um teste de diagnóstico à covid-19 negativo, realizado no máximo quatro dias antes do regresso, ou cumprir uma quarentena de 14 dias.

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Praga, República Checa David W Cerny/REUTERS

Além da reabertura das fronteiras, a República Checa está a negociar acordos bilaterais de circulação com a Croácia, Alemanha, Áustria e Eslováquia. Segundo a CNN, os governos da República Checa e da Eslováquia terão já expressado algum interesse em criar “corredores” turísticos e em abrir o turismo nestes países apenas a pessoas vindas de destinos menos afectados pela pandemia.

Suécia

Embora tenha optado por uma política menos restritiva, a Suécia estendeu até 15 de Junho a proibição temporária de entrada no país a cidadãos de países que não pertencem ao Espaço Económico Europeu (EEE), com a vice-primeira-ministra Isabella Lovin a admitir que o sector do turismo no país foi “incrivelmente afectado” pela ausência de turistas, disse ao jornal The Local.

Áustria 

A Áustria está, por sua vez, a planear um regresso gradual à normalidade. Os hotéis reabrem a 29 de Maio e deverão receber, para já, turistas nacionais.

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Viena, Áustria Leonhard Foeger/REUTERS

Dinamarca

Já a Dinamarca vai continuar com as fronteiras temporariamente encerradas, mas alargou esta quarta-feira a lista de pessoas que podem entrar no país, incluindo-se aqui pessoas que residem oficialmente noutros países vizinhos mas possuem casas de férias na Dinamarca, casais, familiares ou pessoas que necessitam de viajar por motivos profissionais. Segundo o jornal The Local, o Governo dinamarquês está actualmente em conversações com os países vizinhos para negociar a abertura de fronteiras e deverá lançar, até 29 de Maio, um plano para a reabertura “gradual e controlada” do turismo de Verão.

Islândia

A Islândia anunciou recentemente que irá reabrir as fronteiras a 15 de Junho. As pessoas que entrarem no país terão de ser submetidas a uma quarentena de 14 dias ou poderão realizar um teste de diagnóstico à covid-19 ou apresentar documentação oficial que prove que não estão infectadas pelo novo coronavírus.

Independentemente da opção que escolherem, os turistas terão de fazer download de uma app que permite monitorizar e rastrear os contactos, avança o diário Washington Post. A informação actualizada poderá ser consultada no site do Turismo da Islândia.

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Grindavik, Islândia Hannah McKay/REUTERS

“Embora a Islândia seja uma ilha, sempre beneficiou do comércio internacional e da cooperação. Com apenas três casos do novo coronavírus diagnosticados em Maio, estamos novamente prontos para abrir cuidadosamente as nossas portas ao mundo”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Gudlaugur Thor Thordarson, em comunicado citado pela CNN.

Países Bálticos

As fronteiras da Estónia, Letónia e Lituânia estão fechadas, desde Março, a turistas estrangeiros devido à pandemia. Porém, a partir de 15 de Maio, cada um destes países passará a permitir a entrada de cidadãos dos outros dois países, através de um “corredor” turístico que permite a livre circulação.

O novo protocolo foi acordado depois de os países terem chegado à conclusão que “tinham gerido com sucesso a propagação da covid-19 e confiam nos sistemas de saúde uns dos outros”. “Mostramos um bom exemplo ao afirmar, de forma muito clara, que apenas países que lidaram eficazmente com a situação podem reabrir”, disse o primeiro-ministro da Lituânia, Saulius Skvernelis, em comunicado citado pela CNN. Skvernelis sugeriu ainda que o convite para entrar neste “pacto” poderá ser estendido à Polónia e Finlândia numa próxima fase.

Eslovénia

A Eslovénia foi o primeiro país europeu a declarar o fim da epidemia do novo coronavírus — embora os especialistas alertem que o vírus continua a circular no país —, na sexta-feira passada, altura em que o Governo decidiu abrir as fronteiras (com a Áustria, Itália e Hungria) e levantou a quarentena obrigatória para os cidadãos da União Europeia que entram no país. Já os recém-chegados de países de fora da UE terão de cumprir um período de quarentena.

Segundo a agência de notícias eslovena STA, a Eslovénia levantou todas as restrições ao nível das fronteiras também com a Croácia, mas a Croácia não fez o mesmo — o que significa que os croatas podem atravessar a fronteira para a Eslovénia sem restrições, mas os eslovenos têm algumas limitações de entrada na Croácia.

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