Tornar os Jogos Olímpicos de Tóquio um evento global seguro “não será fácil”, diz OMS

A competição foi adiada para 2021 devido à pandemia de covid-19.

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Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 ainda são um desafio Reuters/Issei Kato

O director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, admitiu neste sábado que não será fácil tornar os Jogos Olímpicos Tóquio 2020, adiados para o Verão de 2021, num evento global seguro face à pandemia de covid-19.

“Esperamos que Tóquio seja um local onde a humanidade pode reunir-se triunfalmente contra a covid-19. Está nas nossas mãos, mas não será fácil. Faremos o nosso melhor, e, com união nacional e solidariedade global, penso que será possível”, declarou na conferência de imprensa de apresentação do novo memorando de cooperação entre a OMS e o Comité Olímpico Internacional (COI).

Está previsto que cerca de 11.000 atletas, de mais de 200 países ou territórios, compitam nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, adiados para o período entre 23 de Julho e 8 de Agosto de 2021.

Vários especialistas em saúde, incluindo no Japão, têm questionado a viabilidade do evento na ausência de um programa de vacinação global contra o novo coronavírus.

“Ninguém, neste momento, pode dar uma resposta fiável sobre como será o mundo em Julho de 2021”, notou o presidente do COI.

Para Thomas Bach, “é demasiado cedo para especular sobre os diferentes cenários e sobre o que poderá ser necessário na altura para garantir a segurança de todos os participantes”.

Os Jogos Olímpicos Tóquio 2020, que estavam agendados entre 24 de Julho e 9 de Agosto deste ano, foram adiados para 2021, devido à pandemia da covid-19. Foi a primeira vez na história que o evento foi adiado, depois de três cancelamentos provocados pelas duas Grandes Guerras Mundiais, em 1916, 1940 e 1944.

Esta decisão foi, de acordo com o COI e o Comité Organizador de Tóquio 2020, tomada “para salvaguardar a saúde dos atletas, de toda a gente envolvida nos Jogos Olímpicos e da comunidade internacional”.

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