Procura no metro do Porto não chegou a um quinto de um dia pré-covid

Dados da empresa mostram um recomeço paulatino. Há mais clientes que na semana passada, mas aumento da oferta permite garantir espaço nos veículos.

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O metro operou com veículos duplos em todas as linhas LUSA/ESTELA SILVA

O metro do Porto teve nesta segunda-feira de manhã mais 30% de clientes do que nas últimas semanas, mas o número de validações, neste primeiro dia útil após o fim do Estado de Emergência, não chega a um quinto daquela que era a procura normal num dia de semana, antes da pandemia. Com o reforço da oferta, a taxa de ocupação diminuiu.

Numa avaliação partilhada com o PÚBLICO, o presidente da empresa, Tiago Braga, considera que “o balanço das primeiras horas de operação do metro do Porto (6h –13h), no primeiro dia de retoma de algumas actividades económicas, pode considerar-se positivo, quer pelo civismo e comportamento altamente responsável demonstrado pela esmagadora maioria dos clientes, quer pela capacidade disponibilizada ter permitido manter com segurança uma lotação inferior ao limite de dois terços e todas as recomendações em termos de distanciamento social”.

Em termos numéricos, até às 11h o sistema tinha sido usado por cerca de 17 mil pessoas, o que representa 18% da procura normal, no mesmo horário, nas primeiras semanas do ano. Ainda antes de ter sido decretado o estado de emergência, a 18 de Março, a empresa já vinha registando quebras nas validações, explicadas, por exemplo, pelo encerramento das escolas. A procura verificada nas primeiras cinco horas desta segunda-feira, que incluem o período de ponta da manhã, equivalia a 78% da verificada a 13 de Março, o que mostra, também, como os próprios utentes foram tomando precauções ainda antes de o Governo limitar os movimentos da população.

O país continua a ter de trabalhar a partir de casa, nos casos em que tal seja possível. E com as universidades sem aulas, ainda, a oferta programada pela empresa Metro do Porto, que ronda os 95% da capacidade, chegou e sobrou para as necessidades de distanciamento físico que continuam a ser recomendadas, como o PÚBLICO pode verificar na estação da Póvoa de Varzim, em horários matinais que, normalmente, geram uma ocupação, logo na estação de partida da Linha B, bem mais significativa.

Neste balanço, o presidente da empresa refere ainda a generalidade dos clientes utiliza máscara e que aqueles que não cumpriam com essa regra após serem informados pelas nossas equipas adquiriram equipamentos nas máquinas de vending instaladas nas estações. Houve apenas um único caso, de alguém que queria viajar sem bilhete e sem máscara, que obrigou à intervenção da PSP.

A Metro conta agora com um novo serviço nas estações: dispensadores de gel desinfectante e máquinas de venda de máscaras e luvas. A procura verificada levou à necessidade de reposição destes produtos por parte da empresa responsável pelo respectivo fornecimento, em algumas máquinas.

 
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