Mesmo em casa, podemos beber bom café

Há quem continue a tomar a bica ou o cimbalino à porta do café. Mas, desde que nos fechámos, os grãos e o pó castanho vieram para casa connosco, como numa manobra de sobrevivência. Resta saber como extrair o melhor do fruto que nos faz sentir vivos.

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O Pretinho do Japão é uma das lojas históricas do Porto Nelson Garrido
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Diogo Amorim fundou a ABCoffee, uma escola no Porto Nelson Garrido
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Olisipo Coffee Roasters, Lisboa Nuno Ferreira Santos

Antony coloca o cronómetro a andar e começa a entornar a água, lentamente e aos círculos, sobre o café peruano que acabou de moer. “A extracção deve demorar mais ou menos dois minutos e 45 segundos”, estima. Há uma série de instrumentos, maquinetas e regras, cálculos e medições na confecção de um café cujo princípio elementar é respeitar ao máximo o quanto – e como – se trabalhou para de uma cereja vermelha nascida no Vale do Drift ou no Cerrado Mineiro se fazer uma bela bebida em Lisboa. No entanto, toda esta lógica sofisticada do apetrecho, associada ao mundo do café de especialidade, pode intimidar, admite o fundador da Olisipo Coffee Roasters, uma pequena torrefacção independente no bairro da Ajuda. “É bom não esquecer que também podemos brincar com o café e o mais importante, no final, é gostar do que bebemos, da experiência sensorial”, diz o inglês que numa viagem de bicicleta e tenda às costas descobriu na Etiópia uma nova vocação.

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