Governo poderá anunciar na quinta-feira decisões sobre festivais de Verão

António Costa e os ministros da Economia, da Saúde e da Cultura receberam esta terça-feira os promotores dos principais eventos musicais do país, mas não deverá haver novidades antes do próximo Conselho de Ministros.

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Álvaro Covões, da empresa Everything is New, promotora do Nos Alive, adiantou que o número de espectáculos cancelados ou adiados ascende já a 27 mil Nuno Ferreira Santos
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Álvaro Covões Nuno Ferreira Santos
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Roberta Medina, promotora do Rock in Rio Lisboa, que já adiou a sua edição deste ano para 2021 Nuno Ferreira Santos
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Os promotores dos principais festivais reuniram esta tarde com António Costa, que se fez acompanhar pelos ministros da Economia, da Saúde e da Cultura Nuno Ferreira Santos
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Os promotores dos principais festivais reuniram esta tarde com António Costa, que se fez acompanhar pelos ministros da Economia, da Saúde e da Cultura Nuno Ferreira Santos

O Governo ouviu esta terça-feira as preocupações dos promotores de festivais de música, numa reunião em que António Costa se fez acompanhar dos ministros da Economia, da Saúde e da Cultura, mas no final do encontro ficou apenas a convicção de que a eventual realização, ainda este ano, de alguns festivais de Verão poderá ser discutida no próximo Conselho de Ministros de quinta-feira.

À saída da reunião, Álvaro Covões, da empresa Everything is New, que organiza o Nos Alive, e Roberta Medina, promotora do Rock in Rio, escusaram-se a detalhar as propostas que levaram para o encontro, e o Governo, através da ministra da Cultura, adiantou apenas que quaisquer decisões que possam vir a ser tomadas só serão divulgadas no final da semana.

O Governo tinha já anunciado que a retoma da actividade económica e social do país iria ser faseada e progressiva, começando a partir do próximo domingo, quando for levantado o estado de emergência. Mas Graça Fonseca, respondendo aos jornalistas, não quis adiantar se haverá ou não condições para se realizarem alguns dos festivais de música de Verão, que geralmente concentram milhares de espectadores. 

“Ouvimos as preocupações de todos os promotores e quais são os grandes desafios que se colocam, principalmente este Verão, pela situação epidemiológica que temos vivido”, disse Graça Fonseca, que prometeu apenas “uma abertura progressiva” da actividade cultural, sem avançar qualquer calendário.

Álvaro Covões, citado pelo Observador, disse ainda que o sector “tem vontade de começar a trabalhar o mais rapidamente possível”, mas está consciente de que “esta abertura tem de ser progressiva e com segurança”, e que confia no Governo para tomar “as melhores decisões”. E concluiu: “Estamos todos com vontade de ver um palco, um espectáculo, um artista.”

Questionado pela Lusa acerca da dimensão do prejuízo que a esta prolongada paragem forçada da actividade está a impor ao sector, o empresário da Everything is New informou apenas que os espectáculos adiados ou cancelados são já cerca de 27 mil.

Além de Covões e Roberta Medina, participaram na reunião Luís Montez, da Música no Coração, que organiza o Meo Sudoeste, o Super Bock Super Rock e o Sumol Summer Fest, João Carvalho e Filipe Lopes, da Ritmos, que promove o Nos Primavera Sound e o festival Vodafone Paredes de Coura, e ainda Jorge Lopes, promotor do Meo Marés Vivas.

Vários festivais de música foram já adiados, entre os quais o Rock in Rio Lisboa, o Boom ou o Festival Músicas do Mundo, que só regressarão em 2021. O Nos Primavera Sound foi para já adiado para o início de Setembro, e não se sabe ainda se o Nos Alive (8 a 11 de Julho, em Oeiras), o Super Bock Super Rock (16 a 18 de Julho, em Sesimbra), o Sudoeste (4 a 8 de Agosto, em Odemira), ou os festivais de Paredes de Coura (19 a 22 de Agosto) e Vilar de Mouros (27 a 29 de Agosto), entre outros previstos para o Verão, irão ou não realizar-se nas datas previstas.

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