Paulo Praça estreia Inversões num palco virtual de Nova Iorque

Depois de Um Lugar Para Ficar, o cantor e compositor Paulo Praça estreia um novo projecto, Inversões, num palco virtual, o RHI Stage do Arte Institute de Nova Iorque. Esta terça-feira, às 21h30.

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Paulo Praça DR

Não foi há muito tempo que o cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor Paulo Praça lançou seu terceiro disco a solo, Um Lugar Para Ficar, apresentando-o em vários palcos até ser declarado estado de emergência devido à pandemia da covid-19. Agora, incentivado por esta, criou um novo projecto, a que deu o nome de Inversões, e vai estreá-lo esta terça-feira ao vivo num palco virtual que tem recebido artistas de todo o mundo: o RHI Stage, iniciativa da portuguesa Ana Ventura Miranda, directora e fundadora do Arte Institute, em Nova Iorque. Em directo, às 21h30.

“Nestes tempos de recolhimento”, escreve Paulo Praça na mensagem que dirigiu ao público a propósito deste projecto, “aproveitei para fazer algo que há muito ambicionava, homenagear os compositores e os autores das canções que de alguma forma me fizeram como músico.” E escolheu “canções em que a temática das letras é a solidão, a saudade, e a esperança”. Porque nestes “tempos de mudança”, diz ele, nunca “estivemos tão perto uns dos outros.”

Nascido em Vila do Conde, em 18 de Outubro de 1971, Paulo Praça foi fundador dos grupos TurboJunkie, Grace e Plaza. Fez parte do projecto Amália Hoje, junto com Nuno Gonçalves, Sónia Tavares (ambos dos The Gift) e Fernando Ribeiro (Moonspell), e colaborou com Pedro Abrunhosa e grupos como os 3 Tristes Tigres, GNR ou The Gift. A solo, tem três álbuns: Disco de Cabeceira (2007), Dobro dos Sentidos (2010) e Um Lugar Para Ficar (2019).

Uma forma de pagar aos artistas

Fundado em Abril de 2011 e sediado em Nova Iorque, o Arte Institute é uma organização independente e sem fins lucrativos que “dinamiza a produção e difusão de artistas e projectos de arte contemporânea portuguesa, através de eventos que produz em todos os continentes”.

Desde a sua criação, segundo dados da própria organização, o Arte Institute já promoveu “mais de 800 artistas e esteve presente em 36 países e 85 cidades”, realizando anualmente, em Nova Iorque, “iniciativas como Portugal in Soho, mostra de cultura portuguesa, e um festival de curtas-metragens do cinema português, que também estendeu a outras cidades do mundo.”

Quanto ao RHI Stage, surgiu na sequência da paralisação forçada do sector das artes e com o objectivo de apoiar os artistas privados de espectáculos e do contacto directo com o público.

RHI, que significa Revolution_Hope_Imagination, disponibiliza online a aplicação RHI Think, na qual podem ser vistos os trabalhos dos artistas, “abrindo, em simultâneo, inscrições a profissionais das artes e da cultura que queiram divulgar, através dela, o seu trabalho”, partilhando-o com a “comunidade global, neste “período desafiante que vivemos.” Mas é também, segundo Ana Miranda, uma forma de dar “oportunidade ao público de poder pagar aos artistas pelo seu trabalho”, já que, através da aplicação RHI Think, o Arte Institute propõe que cada utilizador pague o que entender depois de visionar o espectáculo de um artista.

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