Covid-19. Com capacetes “inteligentes”, polícia do Dubai mede temperatura de pessoas em multidões

Os capacetes conseguem medir temperaturas a cinco metros de distância e sondar até 200 pessoas por minuto. Quando é detectada febre, o capacete lança um alerta.

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Capacete foi implementado em todas as esquadras de polícia e nos postos de patrulha do Dubai Reuters/AHMED JADALLAH
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Capacetes inteligentes conseguem analisar as temperaturas de centenas de pessoas a cada minuto Reuters/AHMED JADALLAH

A polícia dos Emirados Árabes Unidos está a implementar o uso de capacetes “inteligentes” que conseguem analisar as temperaturas de centenas de pessoas a cada minuto, como medida no combate ao novo coronavírus

Os capacetes, que não precisam de tanto tempo e contacto como os termómetros tradicionais, conseguem medir temperaturas a cinco metros de distância e sondar até 200 pessoas por minuto. Caso seja detectada febre, o capacete lança um alerta. 

A empresa chinesa KC Wearable, que está a desenvolver a tecnologia, diz ter vendido mais de mil capacetes e recebido encomendas do Médio Oriente, Europa e Ásia.

“Implementamos o capacete inteligente, durante este tempo de crise, com a covid-19, em todas as esquadras de polícia do Dubai, bem como nos postos de patrulha, cujo dever exige que estejam na linha da frente”, disse à agência Reuters o agente da polícia Aly al-RamsyNo caso de alguém com temperaturas elevadas, tomamos as medidas necessárias para deter a pessoa, que depois é tratada pelos paramédicos e levada para as instalações médicas mais próximas”.

A polícia do Dubai está a usar os capacetes para rastrear pessoas em áreas densamente povoadas, incluindo bairros isolados. Nos Emirados Árabes Unidos, a realização de testes foi intensificada após terem registado um número crescente de casos entre os trabalhadores migrantes de baixos rendimentos em habitações sobrelotadas.

Tal como outros países em todo o mundo, os Estados do Golfo implementaram tecnologia na luta para conter o vírus, incluindo aplicações para smartphones que localizam os doentes. Grupos de defesa das liberdades civis têm criticado tais aplicações, considerando-as uma invasão da privacidade.

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