Madeira. Máscaras vão ser obrigatórias para atendimentos ao público

Executivo madeirense já distribuiu 40 mil máscaras pela população, num processo que vai chegar a todos os agregados familiares do arquipélago. O objectivo é generalizar o uso de máscaras, com a reabertura das actividades económicas.

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Serviço de correios na Madeira Miguel Moniz
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Máscaras vão ser produzidas na Madeira Miguel Moniz
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Máscaras vão ser produzidas na Madeira Miguel Moniz

A utilização de máscaras começou, a partir desta quarta-feira, na Madeira, a ser obrigatória para todos os profissionais de actividades que envolvam atendimento ao público.

A determinação, anunciada no último sábado, pelo presidente do governo madeirense, Miguel Albuquerque, abrange tanto a administração pública como o sector privado, abarcando todos os trabalhadores envolvidos na indústria agro-alimentar.

Esta medida integra o plano do executivo para a retoma gradual da actividade económica na região autónoma, que deu os primeiros passos no início desta semana, com a reabertura das actividades da indústria extractiva e transformadora e da construção civil. Um sector, contabilizou Albuquerque na altura, que movimenta perto de 10 mil pessoas.

Além do distanciamento social, da etiqueta respiratória e das orientações de isolamento social e profilático, e da quarentena obrigatória em hotéis para quem chega ao arquipélago ou viaja entre as duas ilhas, o Funchal quer que esta nova fase de combate à pandemia seja feita com a utilização generalizada de máscaras de protecção individual.

“O governo e as autoridades regionais da saúde, tendo em conta os estudos científicos e exemplos de outros países, recomendam vivamente o uso de máscaras de protecção para a população em geral, adicionando esta medida às outras preventivas em vigor”, adiantou Albuquerque no sábado.

Nesse sentido, o executivo PSD/CDS que governa a região encomendou perto de 250 mil máscaras, que começaram já a ser distribuídos pelos correios. Numa primeira fase, serão entregues duas máscaras a cada agregado familiar, num processo que, disse fonte do governo regional ao PÚBLICO, já entregou, até esta quinta-feira, 40 mil máscaras laváveis e reutilizáveis.

A Madeira é das regiões do país com menor incidência de casos confirmados de covid-19. No último boletim da Direcção-Geral da Saúde, o arquipélago surge com 85 infecções e sem óbitos – os mesmo números dos últimos dois dias. Os Açores contam com 109 casos e nove mortos.

Mesmo assim, os valores madeirenses sofreram um crescimento considerável esta semana. Até à última sexta-feira, a região autónoma tinha 54 casos, mas um surto em Câmara de Lobos (Oeste do Funchal), que teve origem numa família numerosa a residir num bairro social daquela cidade, foi responsável pela confirmação de mais 30 infecções em dois dias.

As pessoas com covid-19 foram retiradas do bairro e alojadas numa unidade hoteleira da freguesia, que devido ao surto está sob cordão sanitário desde o passado domingo. Ao mesmo tempo, a distribuição das máscaras oferecidas pelo governo foi reencaminhada para a freguesia de Câmara de Lobos, onde vivem perto de 18 mil pessoas.

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