Marcelo vai ouvir representantes de todos os media, mais apoios em cima da mesa

Por Belém vão passar dirigentes de todas as associações do sector e administradores de todos os grupos de comunicação social. Mais apoios para os media vão estar em cima da mesa.

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Marcelo Rebelo de Sousa falou na crise dos media na conferência dos 30 anos do PÚBLICO Nuno Ferreira Santos

O Presidente da República vai receber, a partir de sexta-feira, representes de toda a comunicação social portuguesa. Já depois de o Governo ter anunciado apoios para os media no valor de 15 milhões de euros, Marcelo Rebelo de Sousa começa por receber as associações representativas do sector e, na próxima semana, vai receber os proprietários de todos os grupos de comunicação social.

Assim na sexta-feira deslocam-se ao Palácio de Belém para audiências, a Comissão da Carteira Profissional de Jornalista, o Sindicato dos Jornalistas, a Associação Portuguesa de Imprensa, a Associação de Rádios de Inspiração Cristã, a Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (que reúne muita imprensa regional), a Autoridade Reguladora para a Comunicação Social e a Plataforma de Media Privados.

Já na próxima semana Marcelo Rebelo de Sousa irá receber os proprietários de todos os media portugueses.

O presidente da República, ainda antes do início da pandemia da covid-19, lançou vários alertas para a necessidade de encontrar uma solução de apoiar os media portugueses que já viviam uma grave crise, que agora se agravou. A 2o de Novembro do ano passado, depois de assistir à apresentação do PSuperior, um programa para dar acesso gratuito a assinaturas do PÚBLICO a estudantes universitários, Marcelo pedia ao Governo que o Orçamento do Estado para 2020 incluísse medidas de apoio à comunicação social e sugeriu que o Estado poderia facilitar o acesso a assinaturas.

O Presidente da República insistiu que “é preciso haver um conjunto de iniciativas” de apoio ao sector. “Há outras ideias possíveis também, e há uma parte de responsabilidade dos poderes públicos. Os poderes públicos têm de criar condições, por exemplo, de isto que é feito por privados poder ser feito por públicos. Noutros países é por públicos, é o próprio Estado que facilita o acesso a assinaturas, para que haja mais leitura de imprensa”, afirmou. Acrescentou mesmo que “a crise na comunicação social começa a atingir a democracia”.

Repetiu-o numa conferência comemorativa dos 30 anos do PÚBLICO, a 6 de Março, e em muitas outras ocasiões. O facto de agora ir receber todos representantes do sector, pode ser lido como um sinal de Marcelo Rebelo de Sousa achar que os 15 milhões disponibilizados pelo Governo não chegam para debelar a crise. Uma semana antes da proposta do Governo, que assenta numa antecipação de receitas de publicidade, o BE apresentou outra proposta de apoios aos órgãos de informação também no valor de 15 milhões de euros.

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