Portugal com mais 30 mortes, casos novos sobem 3,4%. Gaia passa barreira dos mil infectados

De sexta-feira para sábado, casos aumentam 3,5% e mortes 4,6%. Já 610 doentes recuperaram, mas permanecem nos cuidados intensivos outros 228, mais seis que no dia anterior. Norte concentra 68% dos novos casos de infecção.

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PAULO PIMENTA

Morreram 30 pessoas nas últimas 24 horas devido à pandemia de covid-19, aumentando assim o número total de vítimas mortais em Portugal para 687, o que equivale a uma subida do número de mortes de 4,6%. Há agora 19.685 casos de infecção registados, mais 663 do que ontem, um aumento de cerca de 3,5%, segundo o boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS). Na sexta-feira Portugal registava 657 mortes e 19.022 infectados.

Segundo os dados divulgados este sábado, estão 1253 pessoas internadas, 228 das quais nos cuidados intensivos (mais seis que no dia anterior). De acordo com o boletim da DGS, há 5166 pessoas a aguardar resultado laboratorial e 25.456 estão sob vigilância das autoridades de saúde. O número de pessoas recuperadas subiu para 610 (mais 91 que no dia anterior). Uma pessoa é considerada “curada” depois dois testes negativos. De sexta para sábado, foram realizados 3771 testes para despistar a covid-19 em Portugal. 

Das 687 vítimas mortais, 451 estavam acima dos 80 anos. O relatório dá ainda conta da morte de 145 pessoas que tinham entre 70 e 79 anos, 64 com idades entre os 60 e 69 anos, 19 pessoas entre os 50 e os 59 anos, e ainda oito pessoas entre os 40 e os 49 anos. Não há ainda mortes abaixo dos 40.

Dos 19.685 casos confirmados, 2999 foram detectados em cidadãos acima dos 80 anos, 1785 em pessoas entre os 70 e os 79 anos, 2407 em pessoas entre os 60 e os 69 anos, 3422 em cidadãos entre os 50 e os 59 anos, 3388 em pessoas entre os 40 e os 49 anos e 2751 casos em pessoas entre os 30 e os 39 anos. Há ainda a destacar os casos confirmados na faixa etária dos 20-29 anos (2097), nas pessoas entre os 10 e os 19 anos (508) e na faixa etária dos zero aos nove anos (328).

Quanto ao género, apesar de haver mais mulheres a serem infectadas pelo novo coronavírus, os homens são aqueles que morrem mais. Das 687 mortes, 348 são homens e 339 mulheres. Uma diferença pequena, mas que tem outra dimensão quando se tem em conta a distribuição por sexo. Dos 19.685 casos confirmados, apenas 8030 são do sexo masculino, enquanto 11.655 são do sexo feminino.

Norte com 68% dos novos casos de infecção. Gaia passa a barreira dos mil infectados

A região Norte continua a ser aquela que tem mais casos positivos e mais mortes. Ontem, dos 683 casos positivos registados no país, 438 estavam no Norte, o que representa 68% do total. Houve mais 16 mortos para um total de 30 no país. O Norte soma agora 11.762 casos e 393 mortes.

Logo a seguir, com 4438 positivos, surge a região de Lisboa e Vale do Tejo. Ontem houve mais 136 infectados e mais 5 mortos, num total que ascende agora aos 124.

É nestas duas regiões que se encontram os três concelhos com mais de mil infectados. Vila Nova de Gaia passou a barreira do milhar e tem agora 1005 casos de infecção pelo novo coronavírus. Esta barreira já tinha sido ultrapassada pelo Porto (1040) e por Lisboa (1033). Outros concelhos que registam um elevado número de casos são Matosinhos (860), Braga (831), Gondomar (820), Maia (744), Valongo (580), Ovar (504), Sintra (480), Guimarães (388), Coimbra (350) e Santa Maria da Feira (323).

No Centro, apesar de haver menos casos, continua a haver mais mortos que em Lisboa e Vale do Tejo. Ontem, com um total de 2863 casos positivos (mais 85), registavam-se 157 mortos (mais nove do que no dia anterior). 

No Alentejo, nada aconteceu, não houve qualquer alteração do número de infectados (158) e não há registo de mortes. No Algarve houve apenas um caso registado (são 104) e mantém-se o número de mortos (nove).

Nos Açores registaram-se dois casos (104) e nenhuma morte (são quatro no total). Na Madeira houve apenas mais um caso, são agora 54, e não há mortes a registar.

Os infectados por concelho podem ser mais do que os registados no boletim, uma vez que os números são os do SINAVE – Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, que correspondem a 84% dos casos confirmados.

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