Há mais 320 camas no Porto para pacientes covid-19. A esperança é que “não esgotem”

O hospital de campanha montado no Pavilhão Rosa Mota recebe esta terça-feira os primeiros pacientes. Para aliviar em 20% os hospitais da Área Metropolitana, o serviço estará a funcionar até 31 de Julho.

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Nelson Garrido
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O hospital de campanha montado no Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota está pronto a receber os primeiros pacientes infectados com covid-19 a partir desta terça-feira. Nos primeiros três dias chegarão entre 12 a 16 pacientes. Mas há 320 camas já montadas, espalhadas por várias divisões, preparadas para dar resposta a cerca de 20% dos doentes que dão entrada nos hospitais da Área Metropolitana do Porto (AMP). O hospital está pronto a funcionar até 31 de Julho. Mas a vontade de quem contribuiu para que o serviço existisse é clara – que não haja necessidade de usar as camas todas e que o hospital encerre mais cedo do que está previsto.

Esta estrutura improvisada serve para “aliviar a pressão dos hospitais”, diz o presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, António Araújo, que ao fim da tarde desta segunda-feira visitou o espaço com Rui Moreira, com o secretário de Estado da Mobilidade Eduardo Pinheiro, responsável pela coordenação da execução do Estado de Emergência na região Norte, e com os presidentes dos Conselhos de Administração dos dois centros hospitalares universitários do Porto.

Ao retirar-se “uma percentagem razoável dos hospitais” haverá mais espaço para poderem ser prestados cuidados a quem “realmente precisa”, explica o médico que coordenará o serviço com o apoio de mais três coordenadoras: “uma coordenadora da parte médica, outra de enfermagem e outra da parte auxiliar”.

O hospital de campanha está destinado a “doentes assintomáticos que não têm condições de isolamento nos seus domicílios”, a pacientes com “disfunção de outra doença não respiratória e que necessitam de cuidados médicos básicos” e para os que estão em “fase de recobro e que ainda estão à espera de negativar o teste”.

O espaço está dividido por duas áreas: a vermelha, reservada aos pacientes, e a verde, para os os profissionais. Esta divisão é “fundamental para a segurança de todos”. Existem ainda “circuitos muito bem definidos”, por onde circulará a entrada de alimentação, dos produtos farmacêuticos, por onde saem os resíduos e por onde entram os doentes e os profissionais de saúde. Tudo isto “no sentido de minimizar risco de infecção”. “Objectivo máximo” é também “proteger os profissionais”.

As camas estão divididas por dois pisos. Em cada um deles há cerca de 160, em quartos com capacidade máxima para seis pessoas. Rui Moreira espera que sobrem camas: “Oxalá não venha a encher. Oxalá não esteja aberto até 31 de Julho”. Ainda assim alerta: “Não nos podemos fiar na sorte. Temos de estar preparados para o pior”. 

A mesma vontade e esperança tem Eduardo Pinheiro: “Quero acreditar que não vamos sequer esgotar. Mas temos que jogar todos pelo seguro. Independentemente dos números que têm sido publicados não podemos minorar o nosso esforço e empenho”.

Relativamente à percentagem estimada para o alívio dos hospitais, o secretário de Estado acredita que 20% será um valor aceitável para que os hospitais não colapsem. “Neste momento não há razões para achar que é preciso mais”, sublinha. Eduardo Pinheiro adianta que, ainda assim, estão a ser feitos esforços para que sejam encontradas alternativas semelhantes: “Na AMP e Norte já foram identificados vários locais do ponto de vista físico”. Porém, para que se avance com estas soluções é preciso primeiro acautelar o fundamental: “Não é só ter o espaço, é preciso garantir pessoal técnico”.<_o3a_p>

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