As escolas são nestes dias a bóia de salvação de muitas famílias

As escolas têm apoiado centenas de famílias que se vêem com os filhos em casa — e com perdas de rendimentos — ao continuarem a servir refeições quentes. “Tenho agradecido todos os dias.”

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A imagem traz más memórias e causa alguma aflição. Uma fila de pessoas, mães sobretudo, com um saco debaixo do braço à espera que chegue uma refeição quente para levarem aos filhos que estão em casa. Carina Rodrigues aguardava nessa fila. Tem três filhos, de 7, 13 e 14 anos. Quando as escolas encerraram, a assistente social da escola ligou-lhe a perguntar se necessitaria daquele apoio. É uma refeição, sopa, pão, fruta. “Com eles em casa agora dá muito jeito. Tem sido muito difícil”, diz a mulher de 38 anos, moradora no Bairro da Boavista, em Benfica. O marido é carpinteiro no Hospital dos Capuchos e está também em casa em quarentena. “A gente come qualquer coisa. Desde que haja para eles, a gente arranja sempre alguma coisa para nós, nem que seja um cafezinho ou um pãozinho. Às vezes é assim. O que interessa são eles.”

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