Covid-19: África – e agora?

Mesmo que África chegue ao fim deste massacre com menos vítimas individuais, os efeitos económicos serão piores que nos outros porque tem muito menos meios de reagir e reerguer. A menos que a brutalidade desta crise sirva para lançar uma inserção mais equilibrada de África no mundo.

Esta semana começou com 8736 casos confirmados de covid-19 em África, causadores de 399 mortes e 747 pacientes curados, segundo o Centro de Controlo de Doenças da União Africana, domingo no fim da tarde em Adis Abeba. A soma da África do Sul e dos países da África do Norte representa quase metade do total confirmado que, por comparação com os demais continentes, é o número mais baixo. Em conversa sobre este dado, um dos meus amigos de Dakar disse-me, em tom sarcástico, que os africanos são em maioria jovens e já passaram por algo como uma seleção natural. Sem dúvida, os africanos são como sobreviventes, após fomes, epidemias, guerras, opressões e desgovernos. Se isso contar, o continente tem uma defesa poderosa contra este vírus. Mas é melhor prosseguir atentos ao desenrolar da pandemia, daí a maior parte dos 51 países com casos confirmados, ter decretado confinamentos, estados de emergência ou, pelo menos, recolher obrigatório e anulação de aglomerações.

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