Número de crianças a usar refeitórios escolares duplica na primeira semana de férias da Páscoa

Em média, no final da primeira semana do encerramento das escolas, tinham sido servidas cerca de 5500 refeições diárias. Esse número subiu para 10 mil, entre as quais cerca de 200 crianças filhas ou dependentes de trabalhadores essenciais — eram cem na primeira semana.

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Milhares de crianças continuam a recorrer ao apoio alimentar prestado pelas escolas Margarida Basto/Arquivo

As escolas de acolhimento, que estão abertas durante o período das férias da Páscoa, serviram, nesta primeira semana da interrupção lectiva, em média, 10 mil refeições diárias, informou esta sexta-feira o Ministério da Educação. 

O serviço está a ser prestado por mais de 700 escolas em todo o país e entre aqueles que estão a beneficiar do apoio dos estabelecimentos de ensino estão “cerca de duas centenas de filhos/dependentes dos trabalhadores de serviços essenciais”, especifica o ministério de Tiago Brandão Rodrigues, em comunicado.

O fornecimento de refeições — que irá manter-se durante toda a pausa lectiva da Páscoa — é considerado “uma resposta social imprescindível da escola pública”, refere o comunicado do ME, lembrando que o mesmo se destina a alunos carenciados. 

Após o encerramento das escolas, por causa da pandemia da covid-19, o ME fizera um primeiro balanço das refeições servidas nas escolas de referência que se mantiveram abertas com o objectivo de garantir que os alunos mais carenciados continuavam a ter acesso às refeições que habitualmente faziam nos estabelecimentos de ensino, além de prestar apoio aos dependentes dos trabalhadores essenciais. 

A 20 de Março, quando chegava ao fim a primeira semana do encerramento das escolas, as contas do ministério indicavam que tinham sido servidas, em média, 5500 refeições diárias, e que cerca de cem filhos ou dependentes de trabalhadores essenciais tinham beneficiado do apoio prestado pelos estabelecimentos de ensino. Ou seja, o número de refeições e o número de crianças apoiadas duplicou na segunda semana. 

O apoio alimentar prestado pelas escolas durante este período foi articulado com as autarquias e concretiza-se de diferentes formas, consoante as necessidades específicas daqueles a que se destina. Há casos em que a refeição é consumida nas próprias escolas e outros em que ela é recolhida, devidamente embalada, e levada para casa dos menores. Há também situações em que é entregue um cabaz às famílias, para que possam confeccionar as refeições em casa.

No comunicado desta sexta-feira, o ME indica ainda que no dia 9, será publicada a próxima reserva de recrutamento, que pretende garantir que os docentes que se reformam ou estão temporariamente afastados das escolas são substituídos.

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