“Se o Sul se afundar, o Norte opulento deixará de existir”

Nunca um regresso às origens terá feito tanto sentido. É por isso que a questão ultrapassa largamente a tradicional divisão entre Norte e Sul. Atravessa a Holanda como atravessa a Alemanha.

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1. Já não é apenas um caso entre António Costa e Mark Rutte ou o seu ministro das Finanças. Nem apenas um caso entre os Países Baixos, de um lado, e a Itália e a Espanha, os dois países europeus mais brutalmente fustigados pela pandemia, do outro. De repente, os Países Baixos transformaram-se no lugar geométrico da prova de vida a que a Europa e as suas democracias estão a ser sujeitas neste exacto momento da sua história. O debate interno ameaça a coligação de governo. A pandemia aproxima o sistema de saúde da ruptura. Ontem, diante do Parlamento da Haia, Rutte anunciou a sua intenção de propor aos seus homólogos italiano e espanhol um “fundo de emergência” para ajudar a cobrir os gastos imediatos dos países mais afectados pela pandemia. O primeiro-ministro holandês lamentou não ter deixado clara a sua solidariedade com eles. Voltou a rejeitar a emissão de “coronabonds”.

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