Energia: simule, compare e procure poupanças

Mais tempo em casa significa aumento na factura energética para as famílias. É boa altura para simular consumos e comparar as ofertas no mercado.

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Daniel Rocha

O conselho é da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE): os portugueses deveriam rever os seus contratos de fornecimento de energia todos os anos, pois é isso que alimenta a concorrência entre as empresas e estimula o aparecimento de ofertas mais competitivas.

Com os consumos de energia das famílias a aumentarem nestes dias de confinamento, é mais que certo que as facturas de electricidade e gás natural também vão subir no final do mês.

Por exemplo, nas contas da associação de defesa dos consumidores Deco, “quem tem tarifa bi-horária de electricidade pode ver a sua factura subir 25 euros mensais”, porque não só deixa de conseguir assegurar que boa parte dos consumos se faz nas horas de vazio (quando a tarifa é mais baixa, ou seja, à noite), como ainda vai aumentar o total de electricidade consumida.

A ameaça do agravamento das facturas talvez seja o incentivo de que precisa para se tornar um expert em dicas de poupança de energia, mas principalmente para recorrer às ferramentas que comparam as dezenas de ofertas no mercado e fazer as contas a eventuais poupanças com a mudança de fornecedor.

O simulador da Deco é reservado aos subscritores da Deco Proteste, mas tem à sua disposição a ferramenta de comparação de ofertas desenvolvida pela ERSE e o Poupa Energia, a plataforma de comparação de tarifários gerida pela ADENE – Agência para a Energia, onde também pode dar início ao seu processo de mudança de comercializador.

Ambas permitem fazer simulações simples ou mais detalhadas (assente em informação personalizada dos seus consumos) das ofertas de electricidade, de gás natural, ou duais (que combinam estes dois fornecimentos) e são um bom ponto de partida para perceber se pode conseguir tarifários mais vantajosos.

A ERSE também publica regularmente um boletim que compara as diferentes ofertas comerciais.

Perante um cenário de maiores gastos, num período em que muitas famílias se estão a confrontar com a perda de rendimentos, convém lembrar que a ERSE adoptou uma medida excepcional: os cortes de energia estão proibidos por agora e as dívidas geradas neste período de isolamento social serão pagas em prestações.

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