As horas da escola vivem-se agora de maneira diferente

A escola está no bom caminho, sem rankings, com estudos sobre a aprendizagem e as diversas literacias, com muita vontade e fazendo um esforço enorme para ser para todos, inclusiva.

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Tiago Lopes

É comum ouvirmos dizer que todas as coisas têm o seu lado bom. Ainda não conseguimos perceber o que estes tempos nos trarão de bom. Por enquanto estamos no meio da nuvem dos mosquitos e não conseguimos ver com nitidez. Vamos afastando-os e tentando decidir, no meio do turbilhão, aprendendo o possível com a experiência dos outros.

Cá em casa tomamos o pequeno-almoço na mesa da cozinha, de janela aberta de onde se vêem as traseiras dos prédios vizinhos. Um disse: “Que giro, aqueles dois vizinhos estão a conversar à janela, aqueles outros dois estão a fumar, cada um de sua janela e a conversar! Coisas boas!” E o outro respondeu: Coisas boas? A viver nesta prisão!”

E agora? De que ângulo estamos a ver este quadro e quais as outras perspectivas possíveis? Já todos percebemos que o cuidado com os outros está de regresso, de uma forma espontânea e natural. O recentrar no essencial, o viver de forma modesta apenas com o necessário, o não desperdício de bens essenciais, a tolerância, o respeito e a não competitividade, são alguns dos aspectos que estamos de novo a aprender a gerir, pois voltamos a viver em comunidades pequenas, a família nuclear e em ‘tempos de guerra’.

A geração de pais e avós do nosso tempo não viveu a Segunda Guerra, pelo menos com consciência de a estar a viver e ter de gerir o dia-a-dia. Esta é, pois uma situação nova, para os que têm de gerir esta guerra, sem medo de bombas, mas com pavor de abrir a porta e deixar entrar o bicho que não se vê.

Sabemos que um dos principais motores da sociedade são as escolas, pelos bens e serviço que envolvem e geram. Se não vejamos: promove a profissão a muitos profissionais da educação, docentes e não docentes; equipas e empresas de limpeza; restauração e serviços de catering e de nutrição; actividades de enriquecimento curricular diversas; empresas de qualidade e de auditoria nas diversas áreas; manutenção diversa (desde elevadores a jardins); obras e reparações; equipas e empresas de multimédia; centros de formação docente e não docente e também para pais; psicólogos e professores de ensino especial, pedopsiquiatras, entre muitas outras valências da sociedade que interagem com a escola diariamente.

A principal função da escola é ensinar, formar e educar, e aqui podíamos teorizar sobre quem dá a formação, a educação e o ensino. A questão é que nenhuma destas três acções se faz por um único agente, faz-se em conjunto, em interdependência. Outra função da escola, por vezes menosprezada, é a guarda de crianças, adolescentes e jovens.

Neste momento em que fecharam as escolas e estamos todos em casa, colocamos a questão de como continuar a exercer estas duas funções. A última, de guarda das crianças, está obviamente suprimida e entregue, exclusivamente, aos cuidados da família, a não ser para aqueles pais que não têm alternativa, por questões profissionais. Mas, em regra, para a maioria das escolas, encerrar significou deixar de ter alunos no seu espaço físico. Mesmo antes de o Governo decidir fechar as escolas, algumas já tinham fechado por orientação da Direcção-Geral de Saúde e outras foram deixando de ter crianças, pois os pais foram, progressivamente, deixando de as levar à escola, preferindo mantê-las em casa, resguardadas, ficando com os pais, que já estavam em teletrabalho ou com outros familiares.

Uma escola sem crianças, não tem qualquer encanto. Todos nós, profissionais da educação, sabemos o que é estar na escola sem alunos: um desânimo. Mesmo quando estamos a planificar e a preparar um ano escolar em época de férias dos alunos. Esse é o trabalho que menos gostamos, a par da avaliação. Deste modo, sem alunos a escola perde o encanto, mas também a sua função de guarda de crianças.

Resta-nos as outras funções da escola: de ensinar, educar e formar. E nesta era da comunicação e da mobilidade, não podemos ter como horizonte o isolamento total, sem comunicação. As alternativas são várias e há muitas maneiras de ir promovendo a interacção sem proximidade física.

O que é melhor para todos?

Antes de fecharmos as escolas, foram promovidas reuniões de docentes, não docentes, direcções, conselhos pedagógicos, conselhos escolares, enfim, as mais variadas formas de nos organizarmos para os longos dias que estamos a viver. Desde os mais cépticos aos mais optimistas todos eram unânimes na promoção do contacto com os alunos ao longo deste tempo. E aí está a tecnologia como uma boa ferramenta, alternativa, mesmo para aqueles que se dizem info-excluídos por opção. Digitalizaram-se documentos, prepararam-se propostas de trabalho, criaram-se sugestões de actividades em família ou sozinhos e fizeram-se horários e esquemas de trabalho. Todos saímos da escola com a sensação de termos organizado um esquema para, em casa e em comunicação, fosse possível ir gerindo as semanas, dia-a-dia.

A abertura sem custos das plataformas digitais foi uma sugestão quase imperiosa ao seu uso, por nos parecer o registo mais prático e de fácil acesso a todos. Muitos professores já tinham os seus registos, outros registaram-se, alguns com a ajuda de colegas. Para uma percentagem de professores, que não é de todo pequena, a literacia digital está longe de uma ser uma realidade. Nem todos têm um smartphone, nem tão pouco telemóvel. São uma minoria, mas existem e não deixam de ser excelentes professores, no espaço físico da escola, pelo modo inspirado com que transmitem as suas experiências e conhecimentos, ao mesmo tempo que despertam a curiosidade nos seus alunos.

Para este grupo de professores e escolas que desde sempre combateram o uso da tecnologia e que sempre fizeram disso uma bandeira, um factor diferenciador, e que se dirigem a um nicho de pais que comunga desta filosofia educativa, nesta altura, pouco resta sem ser cuidar, no sentido de saber uns dos outros, pelos canais de comunicação tecnologicamente mais básicos. Nestas escolas, onde os computadores ainda não existem nas salas de aula, nem em número suficiente, nas salas de professores é difícil adoptar plataformas interactivas e canais de comunicação diversos como WhatsApp, Skype ou Zoom. Mas nestas alturas todos se entreajudam e com boa vontade e paciência, ninguém saiu da escola na sexta-feira sem os princípios básicos de como poder comunicar com os seus alunos, pais dos seus alunos e entre os colegas.

Num ápice, os professores foram descobrindo as mais diversas ferramentas que abrem possibilidades de ensino à distância. Desde pequenos vídeos a blogues com possibilidade de interacção de turmas de um mesmo ano, para promover o trabalho diário, de acordo com o plano semanal. Os professores são planificadores excelentes e pedirem-lhes para organizar um horário diário de estudo, foi certamente uma tarefa aliciante.

Quando começamos a pensar além desta necessidade imediata, que é a de continuar a promover a função de ensinar, educar e formar, a partir da possibilidade que a tecnologia nos abre, detemo-nos naquilo que pode ser o equilibrado bom senso, ou por outras palavras, a regra do ‘tanto quanto’. E algumas perguntas fazemos a nós próprios: Qual a verdadeira intenção desta continuidade da escola, agora à distância? Ensinar novos conteúdos? Consolidar o que se ensinou na escola? Manter as crianças ocupadas? Não quebrar a rotina diária da escola? Ajudar os pais com sugestões de actividades a fazer em casa? Dar um trabalho diário extra aos pais?

Neste conjunto de inquietações há respostas óbvias e algumas intenções são claras: não queremos ensinar novos conteúdos e não queremos dar mais trabalho aos pais, sabendo, no entanto, que a sua orientação será indispensável, pelo menos em algumas etapas das actividades propostas.

Mas há uma pergunta escondida, há sempre algo que podemos ver nas entrelinhas, mal ou bem: será que não é uma forma de o professor mostrar a si próprio e aos outros que mesmo por canais diferentes e em tempos adversos consegue manter a mesma organização, exigência e qualidade? Quem continua a produzir, aplicar, orientar e pedir entregas de trabalhos para posterior feedback, terá certamente o reconhecimento imediato da comunidade. Este é um acto pedagógico falhado, porque não centrado nos alunos.

Paremos para pensar na simples pergunta de sempre que devemos fazer a nós próprios quando não temos de imediato a resposta, ou nos vemos por caminhos nunca antes trilhados: O que é melhor para os alunos? E neste contexto, podemos acrescentar: e para as famílias? E subir um degrau na personalização do nosso trabalho: o que é melhor para esta criança no seu contexto familiar? Se conseguirmos percorrer estas três perguntas, de certeza que vamos conseguir responder de forma adequada e com a flexibilidade e diferenciação pedagógica necessária a cada situação, a cada aluno.

Outra pergunta que deve ser feita é sobre a autonomia dos alunos. Que autonomia têm as crianças para quem estou a elaborar sugestões de trabalho para serem feitas em casa? Se estou a pedir aos pais que durante todo o dia se ocupem dos seus filhos como se fossem professores, é porque parto do princípio que não têm trabalho. E se estou enganado, e os pais estão em teletrabalho, com prazos para cumprir e tarefas para entregar, tal como estamos a propor aos nossos alunos? Que dilema cria aos pais, esta nossa iniciativa? Acompanham e ajudam os filhos e negligenciam os seus trabalhos profissionais ou deixam-nos ocupados com tarefas simples e dedicam-se ao seu trabalho da melhor maneira que conseguirem?

Mesmo que tomem a segunda opção, estes pais ficarão sempre com a sensação de não estarem a conseguir cumprir com as tarefas supostas e de serem bons pais. Sentem que não estão a dar a atenção necessária aos filhos, o que quer dizer à família. Não é por acaso que temos visto nas redes sociais, alguns posts irónicos de pais a trabalharem no computador com os filhos amarrados às cadeiras e de bocas com adesivo. Estes deviam-nos fazer pensar mais longe, em vez de considerarmos apenas uma caricatura ou uma brincadeira.

Falta de material?

Não só deve ser equacionada a questão da autonomia dos alunos, mas também quantos computadores há em suas casas. Mesmo um aluno do 12.º ano, com uma capacidade de autonomia que o iguala a um adulto em muitas situações, pode não ter os meios técnicos que o possibilitem de exercer essa autonomia.

Não podemos dar por adquiridos os nossos padrões como sendo de todos, nem as nossas crenças e necessidades serem as da comunidade a que pertencemos. Nem todos os alunos, qualquer que seja a sua faixa etária, têm um computador só para si. Em muitas casas há um computador e, neste momento, mais um, que veio da empresa em que os pais trabalham. E isto com sorte. O mesmo acontece com as escolas que pedem aos seus professores que produzam e enviem trabalhos diários para os seus alunos. Essas escolas sabem se os professores têm em casa um computador à disposição? Levam os computadores da escola para casa? Não me parece que assim seja. Há neste assunto, alguma confusão que só se consegue clarificar com a resposta às três perguntas que fiz anteriormente: o que é melhor para os alunos, o que é melhor para as famílias, o que é melhor para cada família em particular. Nesta linha de pensamento não estamos muito longe da actual flexibilidade curricular, onde a equidade é uma das grandes chaves. Mas já lá iremos.

O papel da escola no actual cenário em que vivemos é fundamental na colaboração com as rotinas de cada casa, de cada família. Não esquecendo que os professores também têm família para cuidar. A primeira intenção não será nunca a de promover uma grande aprendizagem, mas antes a de manter a chama do gosto e entusiasmo pelo conhecimento viva e o mais possível, duradoura. Outra intenção será a de colaborar com os pais na manutenção de algumas rotinas que só por si dão segurança às crianças.

E, aqui, temos de ter consciência que a principal rotina, que é a de mudança do espaço da casa para o espaço da escola, e de ter professores, auxiliares, amigos e colegas, está alterada, e que na maioria das famílias, os mesmos horários não estão a ser cumpridos, nem podemos pedir que assim seja. Assim, surge a questão: manter que rotinas?

Para algumas idades, como as do jardim-de-infância e 1.º ciclo, esta mudança de espaço e de agentes educativos faz uma diferença muito significativa. As rotinas podem consistir em ouvir uma história, fazer um desenho, um lego ou um puzzle. Para quem não tem disponibilidade para contar histórias, há plataformas que o fazem. Nos outros ciclos, o manter e consolidar conhecimentos aprendidos, suscitar temas que levem a pesquisas de forma o mais autónoma possível, pode ser uma boa sugestão.

Novo paradigma

Em qualquer proposta que cada escola sugira terá sempre de haver, por um lado, compreensão por aquilo que cada professor é capaz de fazer e que ferramentas a escola disponibiliza aos seus profissionais para promover as competências que agora lhes pede, de um dia para o outro. E, por outro lado, o que cada família necessita, pode fazer e quer cumprir.

Tratar cada um de acordo com o que precisam e podem. Nada mais adequado ao contexto actual, e caricato ou não, ao novo paradigma de educação. Alguns alunos e famílias, conseguirão aproveitar estes dias, semanas ou meses que nos esperam, em casa, para continuar o trabalho do professor, no desenvolvimento do gosto pelo conhecimento em geral e de alguma área em específico.

Todos sabemos que o ensino doméstico tem crescido neste últimos tempos de forma significativa, o que quer dizer, que há famílias que se sentem habilitadas e muito capazes de assumir o papel da escola, no que diz respeito à transmissão ou construção, como lhe queiram chamar, do conhecimento.

Algumas famílias não têm possibilidades, por questões de tempo, espaço e recursos, de desenvolver este trabalho equiparado ao do professor. E não querem ter o dilema de ter de escolher entre cumprir com a sua actividade profissional, em teletrabalho, e a atenção aos filhos, concretamente com os trabalhos que os professores enviam. E ficarem com a consciência pesada. Outras famílias podem ter os recursos, o tempo e a disponibilidade, mas não sentem isso como uma necessidade. Por enquanto.

Outra intenção deste prolongamento do trabalho da escola em casa é o manter o contacto com os professores e educadores. Promover a manutenção das relações pedagógicas e educativas, através da actividade que inicialmente sustinha essa relação. Ou seja, só nos conhecemos porque eu sou a professora do seu filho e com base no que eu tenho para lhe ensinar ou despertar, mantivemos o contacto ao longo do tempo. E agora? A base da relação vai continuar a ser essa ou a faceta do cuidar toma neste contexto uma maior relevância?

O tempo que nos espera confinados aos muitos ou poucos metros quadrados das nossas casas, dará certamente para termos muitas certezas sobre o assunto, poucas ou nenhumas, e considerarmos que o melhor é, desde já, podermos pensar que se mudarmos de opinião sobre aquilo que precisamos em cada etapa e momento, é sinal do próprio desenvolvimento social da família, até porque, para alguns, os bolos e cozinhados, os desenhos e puzzles, os filmes e a desregra de horários já está a ser esgotante. Cada um tem o seu ritmo e necessidade de adaptação e de mudança.

Não nos podemos esquecer que vivemos na era do imediato: enviamos um e-mail e queremos a resposta no momento, até enviamos uma mensagem a informar que enviamos um e-mail; vemos um brinquedo ou uma roupa numa montra e queremos comprar na hora. A época em que namorávamos as coisas vezes sem conta e em que se escrevíamos cartas e postais não é mais esta. Como vamos adequar esta nova forma de as horas passarem, com mais vagar, à nossa actual forma de viver?

A escola está no bom caminho, sem rankings, com estudos sobre a aprendizagem e as diversas literacias, com muita vontade e fazendo um esforço enorme para ser para todos, inclusiva; dando a cada um aquilo que ele precisa.

Porque será que queremos fazer diferente neste momento confuso para todos? Pensar em cada aluno como se fosse único, é aquilo que os bons professores e pedagogos sabem fazer e vão continuar a fazer. Foi sempre o que fizeram. Sugerir aprendizagens e pelos canais possíveis em quantidade e forma adequados a cada criança e contexto familiar, é o que já muitas vezes acontece em contexto de escola e de sala de aula. Porquê querer agora fazer diferente?

Além da segurança, do ponto de vista da saúde física, é necessário contribuir para o equilíbrio emocional e psicológico das famílias e das crianças e isso não se consegue se não existir adequação dos pedidos e das sugestões feitas pelos professores. É de extrema necessidade contribuir para a harmonia do ambiente familiar, que pode passar por uma sugestão de trabalho ou actividade às crianças ou a toda a família, como já antes acontecia, ou de nenhuma sugestão. Cabe ao professor decidir sobre essa adequação das necessidades, pelo conhecimento que tem da família e do contexto ou mesmo por aquilo que as famílias lhe transmitem.

Dar a todos o mesmo e querer nivelar nunca foi, nem é agora adequado. As direcções das escolas não podem pedir aos professores que peçam aos pais para cumprirem o seu papel. A realidade que vivemos é de estado de emergência, e não podemos iludir as crianças de que está tudo normal, como antes de sexta-feira passada, para a grande maioria.

Iludir e mascarar nunca foi nem será uma boa técnica pedagógica. Desta forma, também os alunos perceberão, pelos adultos que os rodeiam, que os tempos que vivemos são difíceis e imprevistos. Não há certezas de nada, a não ser aprender com a experiência dos países que estão nesta situação há mais tempo. Ensinar a viver com esta visão de adequação das necessidades e de aceitação da situação de pandemia, é também um acto pedagógico. É uma competência importante a desenvolver e que pode ser muito útil para o futuro: transmitir capacidade de resiliência, manter o foco no que cada momento e situação precisa e de que forma cada um pode colaborar. Não julgar, mas apreciar a mudança, o desenvolvimento.

Os bons professores têm esta característica. Quase sempre alternam a sua comunicação com a meta-comunicação. É altura de a fazerem sobressair quando elaboram sugestões de trabalho ou de actividades para os alunos, neste tempo de guerra.

A flexibilidade está mais do que nunca na ordem do dia. Na escolaridade básica e até na secundária, em alguns casos, os trabalhos são para as famílias e não apenas para os alunos, que em casa são filhos e não alunos. Por isso, não vale julgar as famílias que não ligam nenhuma aos trabalhos e fichas que se enviam. Entendamos como um sinal: de que não sentem como necessidade ou não conseguem dar conta do que é pedido.

Os professores são profissionais que não desenvolvem a sua actividade a metro ou de acordo com qualquer outro sistema de medida. São antes de mais pessoas atentas às necessidades e potencialidades individuais, suscitando o salto de degrau no momento oportuno. É também por isso que os rankings nunca foram um bom indicador de bom desempenho. Sempre se encontrou formas de deixar cair alguns, para que acontecesse o melhor para a escola e não o melhor para os alunos. As escolas não são melhores porque têm alunos com muito boas notas, as escolas serão tanto melhores quanto se adequarem à sua população e às necessidades sentidas por cada interveniente da sua comunidade.

Também este tempo nos pode trazer de volta este recentrar no aluno per si e não na escola, e no negócio que pode ser a escola. E nos negócios dentro do negócio que é a escola. Nas suas múltiplas formas possíveis, a escola, além da actividade económica que gera, terá sempre que se centrar na pessoa e nos valores mais nobres da dignidade humana.

No presente haverá tempo para as necessidades das famílias se alterarem e os pedidos serem outros. Os professores, serão sempre aqueles que, dentro ou fora do espaço da escola, se sentirão impelidos a ter actos pedagógicos, a aprenderem outras maneiras de promover a aprendizagem, de se reinventarem para manter viva a sua profissão que tanto cuida dos seus alunos e respectivas famílias, como transmite conhecimento, educação e formação.

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