Sindicato de jornalistas pede ao Governo que assegure entrega de jornais em zonas interditas

Em Ovar, os camiões de distribuição de jornais e revistas foram impedidos de entrar. Sindicato alerta para importância de garantir à população o acesso à informação.

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Com o encerramento de bancas e interdição de entradas e saídas de cidades, a distribuição de jornais enfrenta desafios sebastiao almeida

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) apelou esta quinta-feira ao Governo que garanta a entrega de jornais em zonas interditas. O pedido chega depois de o SJ ter sido alertado de que em Ovar, concelho no qual foi decretado o estado de calamidade pública, os jornais e revistas não chegaram às bancas.

Num comunicado, o sindicato conta que “foi confrontado com a informação de que os jornais e revistas não chegaram às bancas em Ovar, uma vez que os camiões de distribuição foram impedidos de entrar na sequência da quarentena imposta ao concelho”.

Por isso, o mesmo órgão sublinha que é “fundamental assegurar à população em causa toda a informação, pelo que apela ao Governo que deixe claro às autoridades que a distribuição de publicações periódicas não deve ser impedida, mas sim permitida, como um serviço público básico” durante o estado de emergência nacional decretado esta quarta-feira pelo Presidente da República.

O sindicato sublinha também que “o direito à informação não deve, nem pode ser sacrificado pelo momento que estamos a atravessar” e que por isso deve ser assegurado que a informação chega a todos, “sobretudo numa situação de pandemia e depois de ter sido declarado o estado de emergência”, defende.

Já esta quarta-feira, a Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) e o sindicato se tinham pronunciado sobre os direitos e deveres dos jornalistas, nos termos constitucionais, durante o estado de emergência nacional.

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