Coronavírus: TVI mantém estreia do Big Brother 2020 no dia 22, mas situação “está em permanente avaliação”

Reality show encerra cerca de 20 pessoas numa casa acompanhadas por câmaras e técnicos 24 horas por dia. Canal diz que concorrentes foram rastreados.

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Uma emissão do Big Brother em 2007 DANIEL ROCHA

A estreia do reality show da TVI Big Brother 2020, que encerrará cerca de 20 concorrentes numa casa 24 horas por dia, “continua em cima da mesa” para o próximo dia 22 de Março, disse este sábado ao PÚBLICO Helena Forjaz, do gabinete de comunicação da estação, adiantando que a situação “está em permanente avaliação”. A TVI fizera saber na sexta-feira, num comunicado sobre as alterações à grelha e ao funcionamento da estação suscitadas pelo novo coronavírus, que os concorrentes foram rastreados.

O Big Brother 2020 é uma peça-chave da nova grelha da estação de Queluz, que perdeu há um ano, em favor da SIC, a liderança das audiências, e um trunfo do novo director de programas, Nuno Santos. Para o efeito, a TVI foi aliás buscar à concorrência o apresentador Cláudio Ramos, que será o anfitrião do programa. A primeira edição do Big Brother, que foi para o ar em 2000, mudou os destinos do canal, pondo-o pela primeira vez à frente das preferências dos telespectadores. 

Agora, perante a emergência causada pelo covid-19, as várias medidas preventivas impostas pelo Governo – cujos detalhes estão ainda em fase de divulgação –​ e as recomendações da Direcção-Geral de Saúde quanto à distância social, por exemplo, a TVI admite estar “completamente sujeita à actualidade”, garante Helena Forjaz ao PÚBLICO. A estreia da grande aposta de programação está marcada para o próximo dia 22, mas “a realidade amanhã... não sabemos”.

No seu comunicado de sexta-feira, os directores de programas e informação da TVI, Nuno Santos e Sérgio Figueiredo, asseguravam que “o rastreio dos concorrentes está efectuado” e que há “um protocolo de segurança" implementado “junto das equipas”, acrescentando que o “elevado grau de complexidade" desta produção justifica “uma monitorização em permanência”. Na mesma nota, e à semelhança dos restantes canais generalistas, a estação dava conta da suspensão de vários programas com público em estúdio ou de parte da sua produção de ficção e entretenimento. “Na TVI estamos desde a primeira hora a ser responsáveis e a cumprir todas as regras determinadas pelas autoridades de saúde pública e pelo Governo”, garantiram os directores da estação.

Esta semana, em declarações à revista Nova Gente, Cláudio Ramos disse que os concorrentes “estão, desde há algum tempo, numa espécie de isolamento social, a serem controlados pela produção” e defendeu que “a partir do momento em que eles entram dentro da casa [ficam] sem problema nenhum, aquele é o lugar mais seguro, porque estão completamente isolados”.

O formato original holandês regressará após anos de ausência ao canal que o estreou em Portugal e que, em 2000, atingiu com ele resultados históricos de share televisivo. Isto numa altura em que a TVI, destronada pela SIC na liderança das audiências muito devido à contratação de Cristina Ferreira pela sua concorrente, mudou recentemente de directores de programas: a Bruno Santos sucedeu Felipa Garnel, que seria, seis meses depois, substituída por Nuno Santos, cuja chegada foi anunciada no mesmo dia em que Ricardo Araújo Pereira se transferiu da TVI para a SIC. Entretanto, e já esta semana, outra notícia veio adensar o cenário de indefinição quanto aos destinos da estação: a de que caiu por terra a anunciada aquisição do seu grupo proprietário, a Media Capital, pela Cofina.

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