Duas girafas brancas mortas por caçadores furtivos no Quénia

As duas girafas raras foram encontradas já mortas. Incidente está agora sob investigação.

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Marc Napo

Duas girafas brancas, uma fêmea adulta e a sua cria, foram mortas por caçadores furtivos esta terça-feira, 10 de Março, no Quénia. A denúncia é feita em comunicado pela reserva Ishaqbini Hirola, onde os animais viviam. Em Agosto do ano passado, a fêmea deu à luz uma cria do sexo masculino, que é agora a única girafa branca da reserva.

“Este é um dia muito triste”, afirma Mohammed Ahmednoor, director da Ishaqbini Hirola, no documento. “Somos a única comunidade do mundo que tem à sua guarda a girafa branca”, acrescentando que as mortes são “um alerta para que se continuem os esforços de conservação” dos animais da reserva

As girafas foram encontradas já cadáver por funcionários do Serviço de Vida Selvagem queniano, que tinha sido chamado à reserva depois de relatos de que os animais não eram avistados há algum tempo, avança a CNN. Estima-se que, pelo estado de decomposição, ali estivessem há cerca de quatro meses. O incidente está agora sob investigação.

As girafas foram captadas pela primeira vez em vídeo em Setembro de 2017 por voluntários da Hirola Conservation Programme, a organização não-governamental que gere a reserva natural. Tratou-se então do terceiro avistamento de uma girafa branca de que se tinha conhecimento (embora pela primeira vez com vídeo).

A cor branca deve-se a uma condição genética chamada leucismo, que, ao contrário do albinismo, inibe a pigmentação nas células da pele mas apenas em algumas partes do corpo: os olhos mantêm-se negros e algumas manchas em tons de cinzento destacam-se da cor branca que as torna únicas.

Já na altura, quando a reserva publicou na sua página de Facebook imagens das girafas, levantaram-se preocupações de que a exposição dos animais os tornasse mais susceptíveis à caça furtiva.

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