Coronavírus: motins contra medidas de contenção fazem 12 mortos nas prisões italianas

Autoridades dizem que a maior parte das mortes se deveu ao consumo de drogas que foram roubadas dos hospitais das prisões

Motim da prisão
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Prisioneiros do estabelecimento prisional de San Vittore, em Milão Reuters/FLAVIO LO SCALZO
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Ocupações e protestos decorrem em 10 prisões italianas Reuters/FLAVIO LO SCALZO

O número de mortos em motins nas prisões italianas, por causa das restrições impostas para conter o surto de covid-19, subiu para 12 esta terça-feira.

As restrições nas visitas geraram os primeiros motins no domingo, quando se registaram alguns incêndios, tomadas de reféns e até fugas.

As autoridades conseguiram controlar os incidentes mais violentos esta terça-feira, mas há ocupações e protestos a decorrer em 10 prisões. Todos os reféns, a maioria guardas e trabalhadores da saúde, foram libertados.

Sete presos morreram na prisão de Modena no domingo e na segunda-feira. Esta terça-feira, dois outros foram encontrados mortos nas mesmas instalações, bem como outros três numa prisão em Rieti, a nordeste de Roma.

As autoridades dizem que a maior parte das mortes se deveu ao consumo de drogas que foram roubadas dos centros médicos das prisões, durante os motins.

Em Foggia, 50 detidos fugiram da prisão na segunda-feira – 22 foram capturados nas horas seguintes, segundo o Ministério da Justiça.

Os protestos e motins começaram depois das autoridades restringirem o contacto dos presos com a família, numa tentativa de impedir que o vírus se alastre ainda mais.

As prisões italianas acomodam cerca de 61.250 prisioneiros, mais 10.000 daquela que é a sua capacidade, o que torna os presos, guardas e trabalhadores mais vulneráveis a possíveis contágios. 

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