Governo italiano põe todo o país de quarentena - 60 milhões de pessoas

Em Itália, morreram 463 pessoas por causa do novo coronavírus e há mais de 9000 infectados.

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Graffiti em Roma: "Tudo fechado" Massimo Percossi/EPA

Toda a Itália deve ficar em casa e só sair por “motivos comprovados de saúde ou trabalho”, diz o novo decreto do Governo de Giuseppe Conte.

Todo o país, 60 milhões de pessoas, passa a estar abrangido pelas medidas de emergência para tentar travar a progressão do novo coronavírus, que até ontem infectou 9172 pessoas, e matou 463 (724 recuperaram a saúde, e outras 700 estão em terapia intensiva), segundo dados da Protecção Civil, citados pelo jornal Corriere della Sera. Itália tornou-se o segundo país com mais casos a seguir à China.

“Todos temos de renunciar a alguma coisa pelo bem de Itália. Não podemos baixar a guarda”, declarou o primeiro-ministro, citado pela agência Ansa. A partir das 17h (hora de Lisboa) de quarta-feira, todos os eventos públicos em Itália serão proibidos – cinemas, teatros, ginásios, discotecas e bares, funerais, casamentos e todos os espectáculos desportivos. Todas as escolas e universidades permanecem encerradas até de 3 de Abril.

Face a uma vaga de motins nas prisões por causa das restrições às visitas de familiares para evitar o alastrar do contágio do coronavírus — que afectou pelo menos 27 prisões, tanto no Norte como no Sul do país, e fez sete mortos —, Conte anunciou que serão distribuídas a partir de hoje 100 mil máscaras nas cadeias.

Não estão a ser contempladas restrições à circulação de transportes públicos, “para garantir a continuidade do sistema produtivo e permitir que as pessoas possam ir trabalhar”, disse o primeiro-ministro. Para se deslocarem, os italianos terão de assinar uma declaração, um impresso que pode ser descarregado a partir do site do Ministério do Interior.

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