Coronavírus: Epidemia reduz exportações mundiais em 45 mil milhões

Registou-se uma queda de 2% na produção da China, principalmente em componentes destinadas à elaboração de automóveis, telemóveis e equipamentos médicos.

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CARLOS GARCIA RAWLINS/Reuters

O surto de Covid-19 reduziu as exportações mundiais em 50 mil milhões de dólares (44,8 mil milhões de euros) em Fevereiro, segundo uma análise publicada esta quarta-feira pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

A China, onde o novo vírus surgiu em Dezembro, viveu semanas de estagnação com o encerramento de fábricas e restrições no movimento de pessoas para conter a expansão da epidemia de Wuhan, na província de Hubei, para o resto do país. O resultado dessas medidas foi uma queda de 2% na produção da China, principalmente em componentes destinadas à elaboração de automóveis, telemóveis e equipamentos médicos, entre outros, segundo estimativas do organismo.

O país é responsável por 20% da produção e comércio global de produtos intermédios, o que faz dele um actor indispensável na cadeia mundial de produção, afirmou a directora de Comércio Internacional da UNCTAD, Pamela Coke-Hamilton.

Entre os mais prejudicados com a perda de exportações está a União Europeia (UE), onde se calcula que a redução tenha sido de 15.000 milhões de dólares no mês passado, e as indústrias mais afectadas foram a de maquinaria, o sector automóvel, a de química e de instrumentos de precisão.

O Japão e os Estados Unidos perderam em vendas no exterior cerca de 5200 milhões e 5800 milhões de dólares, respectivamente.

Após o que parece ter sido o pico da epidemia de coronavírus na China e uma diminuição nos últimos dias, o sector industrial está a regressar progressivamente à normalidade e muitas fábricas começam a produzir de novo.

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