António Costa quer transição para sociedade digital sem “deixar ninguém para trás”

Primeiro-ministro assume que a transição digital é assencial para garantir coesão social.

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António Costa, primeiro-ministro LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

O primeiro-ministro afirmou esta terça-feira que o plano do Governo para a Transição Digital vai “garantir protecção social a todos” sem “deixar ninguém para trás”, sendo “um desafio necessário que também vale a pena para aumentar a inclusão”.

“[A transição para a sociedade digital] é um desafio que é necessário mas que também que vale a pena para aumentar grau de inclusão. Vamos garantir protecção social a todos neste processo de mudança”, assegurou António Costa no Porto, na Sessão de Abertura da 3.ª Conferência do Fórum Permanente para as Competências Digitais - INCoDe.2030

Para o governante, se Portugal quer “vencer este desafio”, não pode achar que o vai fazer “com os que estão hoje na linha da frente” da sociedade digital “deixando todos os outros para trás”.

Costa frisou que o Plano de Acção para a Transição Digital, que o Governo apresenta esta semana, tem de centrar-se nos jovens, “mas também nos que já estão no mercado de trabalho e aqueles que, tendo saído do mercado, não podem ficar excluídos porque devem poder envelhecer com qualidade”.

“É este esforço enorme que vamos ter de fazer”, frisou.

O primeiro-ministro acrescentou que as “competências básicas” digitais devem estar “disseminadas em toda a sociedade, em todo o território e em todas as gerações”, caso contrário o país arrisca-se “a ficar para trás”.

António Costa destacou ainda que “a gestão desta transição é absolutamente essencial para garantir coesão social”. Para o primeiro-ministro, o desafio da transição digital é “uma mais-valia para enfrentar” o das alterações climáticas, das dinâmicas demográficas ou do combate às desigualdades.

“Esta nova sociedade digital vai ter impacto na reorganização do trabalho e vai ser importante para conciliar a vida profissional e familiar. E vai ser importante para combater desigualdades. Essa é também uma das maiores ameaças: que a exclusão digital agrave as desigualdades”, observou.

De acordo com António Costa, o processo deve ser enfrentado “de forma articulada e conjunta”, mobilizando as áreas da educação, trabalho, modernização da administração e economia”.

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