Direcção-Geral do Património Cultural propõe classificação de colecção Miró como bem de interesse público

As 85 obras do artista catalão Joan Miró que faziam parte da colecção do antigo Banco Português de Negócio entraram formalmente na posse do Estado em Abril de 2018.

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A colecção está depositada na Fundação de Serralves ao abrigo de um protocolo com a Câmara do Porto Adriano Miranda

A Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) propôs ao Governo a classificação da colecção de 85 obras do artista catalão Joan Miró, um acervo proveniente do antigo Banco Português de Negócios (BPN) e actualmente na posse do Estadocomo conjunto de bens de interesse público, segundo um anúncio publicado esta sexta-feira em Diário da República. A decisão foi tomada ainda na vigência do mandato da ex-directora-geral Paula Silva, entretanto afastada do cargo e substituída pelo engenheiro e consultor imobiliário Bernardo Alabaça.

Mais de um ano após a abertura do processo de classificação, iniciado após a tomada de posse da colecção pelo Estado, a DGPC propôs à secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural a classificação desta colecção depositada na Fundação de Serralves ao abrigo de um protocolo assinado em Outubro de 2018 com a Câmara Municipal do Porto. No âmbito desse protocolo, a autarquia comprometeu-se a financiar, até um milhão de euros, as obras de ampliação, remodelação ou conservação da Casa de Serralves, que acolherá as obras de Miró.

Depois de vários adiamentos, as obras no edifício estão agora previstas para este ano.

A autarquia comprometeu-se ainda a um pagamento anual de 100 mil euros à Fundação de Serralves, pelo prazo de 25 anos, para que a colecção seja protegida e promovida nacional e internacionalmente.

A Fundação de Serralves tem realizado várias exposições com as 85 obras de Miró, a mais recente das quais Joan Miró e a Linguagem dos Signos em Nápoles, que encerrou no passado domingo.

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