Uma das primeiras vilas operárias da capital está a cair aos pedaços. Mas ainda lá mora gente

As fachadas degradadas e as infiltrações no interior das casas do Pátio das Barracas, em Campo de Ourique, são o dia-a-dia das últimas três moradoras deste velho bairro.

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Estado actual do Pátio das Barracas, que se esconde no meio de Campo de Ourique Daniel Rocha
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(Da esq. para a dir.) Aurora Gouveia, Inácia Poças e Dina Alonso, as últimas três moradoras Daniel Rocha
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A humidade e as infiltrações são alguns dos efeitos visíveis do estado avançado de degradação das habitações Daniel Rocha,Daniel Rocha
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As três idosas viveram a maior parte das suas vidas no local Daniel Rocha
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O Pátio das Barracas foi construído em finais do séc. XIX, sendo uma das primeiras vilas de operários em Lisboa Daniel Rocha

Consideradas pequenas aldeias no meio da urbe, as humildes vilas e pátios de operários do final do século XIX estão a desaparecer de Lisboa. Outrora cheias de gente, agora são poucos os resistentes. Um exemplo é o Pátio das Barracas, em Campo de Ourique: das 32 habitações originais, actualmente só existem 16, das quais somente três ainda são habitadas. Há uma década que a classificação de Imóvel de Interesse Municipal não avança e as obras de conservação, intimadas aos proprietários em 2015, ainda não começaram. Enquanto a indefinição continua, a degradação do pátio avança e no interior das casas habitadas chega a chover. Aurora vive sozinha, tal como Dina. Já Inácia tem a companhia do filho. Todas são inquilinas do mesmo proprietário e passaram a maior parte das suas vidas no Pátio das Barracas. Até agora, têm acarretado com os custos das obras a que se podem permitir, mas continuam à espera de respostas.

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